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O Mercado de R$ 150 trilhões: Um olhar sobre a Economia feminina

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Economia
Por Sandro Figueredo
8 de maio de 2024 - 9h52
Fotos: Ilustração

A força do consumo das mulheres está transformando as indústrias, as fintechs e empresas de diferentes setores.Além disso, as mulheres estão moldando as tendências de consumo em setores antes dominados por homens, como tecnologia, automobilístimo e esportes.

Nos últimos anos, um fenômeno econômico tem ganhado destaque e está transformando a maneira como as empresas operam: a ascensão da economia feminina. Com um valor estimado em incríveis R$ 150 trilhões, este mercado representa uma oportunidade sem precedentes para as empresas que buscam crescimento sustentável e inovação. Neste artigo, exploro porque as empresas precisam prestar mais atenção à economia feminina e como podem capitalizar essa tendência em ascensão.

Antes de desenvolvermos o assunto, gostaria de citar mullheres e suas contribuições em grandes empresas pelo mundo e no Brasil:

  • Abigail Johnson – CEO da Fidelity Investments, é uma das mulheres mais poderosas no mundo das finanças, liderando uma das maiores empresas de gestão de investimentos do mundo.
  • Ginni Rometty – Ex-CEO da IBM, foi uma das líderes mais proeminentes da indústria de tecnologia, promovendo a inovação e a transformação digital em larga escala.
  • Rosalind Brewer-CEO da Sam’s Club, é uma das poucas mulheres negras a liderar uma grande empresa e é reconhecida por sua liderança inspiradora e compromisso com a diversidade.
  • Melinda Gates – Cofundadora da Bill & Melinda Gates Foundation, é uma filantropa dedicada a questões globais de saúde, educação e igualdade de gênero.
  • Cher Wang – Cofundadora e ex-CEO da HTC Corporation, é uma empresária taiwanesa conhecida por seu papel pioneiro na indústria de tecnologia móvel.
  • Amanda Pinto – CEO da N.OVO, contribuiu com a produção de proteínas alternativas às proteínas animais e desenvolvimento de sistemas alimentares de menor impacto ambiental.
  • Tereza Santos – CEO da Sympla, é uma das responsáveis pela percepção das necessidades dos clientes e da sensibilidade às tendências, com soluções inovadoras e serviços digitais capazes de driblar o baque sofrido pelo mercado de eventos durante a pandemia
  • Luiza Helena Trajano – ex-Presidente do Conselho de Administração da Magalu, responsável pelo salto de inovação e crescimento que colocou a rede varejista entre as maiores do Brasil. Lembrada também por não promover demissões durante a pandemia e por defender a quarentena.

Essas mulheres não apenas alcançaram sucesso significativo em suas respectivas áreas, mas também têm sido defensoras da igualdade de gênero e têm impactado positivamente a economia feminina através de suas realizações e liderança inspiradora. Mas segundo estudo da consultoria Grant Thornton, elas ocupam apenas 38% dos cargos de liderança no mundo.

As mulheres estão desempenhando papéis cada vez mais relevantes no cenário econômico global. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, as mulheres são responsáveis por mais da metade das decisões de compra em todo o mundo. Além disso, estudos mostram que as mulheres controlam de 70 a 85% dos gastos do consumidor.

Essa influência não se limita apenas aos setores tradicionalmente associados às mulheres, como moda e beleza, mas empresas de setores diversos, como varejo, saúde e educação, estão reconhecendo a importância de promover a inclusão e a igualdade de gênero em suas operações e estratégias de negócios. As mulheres estão cada vez mais presentes em cargos de liderança e ocupam posições-chave em diversos setores, incluindo tecnologia, finanças e saúde. Como resultado, estão moldando as tendências de consumo e impulsionando a inovação em uma variedade de indústrias, além de investir em programas de capacitação, mentorias e redes de apoio para mulheres empreendedoras e profissionais, incentivando a liderança feminina e impulsionando a inovação e o crescimento econômico.

Para as empresas, reconhecer e atender às necessidades da economia feminina não é apenas uma questão de responsabilidade social, mas também uma estratégia inteligente de negócios. Pesquisas mostram que as empresas que adotam uma abordagem centrada nas mulheres têm maior probabilidade de obter sucesso financeiro e sustentável a longo prazo.

As fintechs e empresas de diferentes setores têm o potencial de liderar essa mudança, capitalizando o poder de consumo das mulheres e promovendo a inclusão financeira e econômica. Por meio de soluções inovadoras e acessíveis, essas empresas podem atender às necessidades financeiras específicas das mulheres, como acesso a serviços bancários, investimentos, crédito e planejamento financeiro. Essas fintechs estão desenvolvendo aplicativos e plataformas digitais intuitivas e personalizadas, que facilitam o gerenciamento do dinheiro, o investimento em mercados financeiros e o planejamento de aposentadoria. Elas também estão oferecendo produtos financeiros mais flexíveis e adaptados às necessidades das mulheres, seguros de vida e empréstimos com taxas de juros mais baixas.

As empresas que compreendem e respondem às preferências e demandas das mulheres podem conquistar uma base de clientes fiel e engajada. Além disso, ao promover a diversidade e a inclusão em suas operações, as empresas podem atrair talentos diversos e se beneficiar de uma gama mais ampla de perspectivas e ideias inovadoras.

Apesar do progresso significativo, ainda existem desafios a serem superados no caminho para uma economia verdadeiramente inclusiva e equitativa. A disparidade de gênero persiste em muitos aspectos, incluindo disparidades salariais, acesso desigual a oportunidades de carreira e representação inadequada em cargos de liderança.

No entanto, esses desafios também representam oportunidades para as empresas que estão dispostas a liderar o caminho em direção à igualdade de gênero. Ao adotar políticas e práticas inclusivas, promover a diversidade em todos os níveis da organização e apoiar iniciativas que capacitam as mulheres economicamente, as empresas podem não apenas impulsionar o crescimento de seus negócios, mas também promover o progresso social e econômico mais amplo.

O mercado de R$ 150 trilhões da economia feminina representa uma fonte inestimável de oportunidades para as empresas que estão dispostas a reconhecer e atender às necessidades das mulheres. Ao adotar uma abordagem centrada no cliente e promover a igualdade de gênero em suas operações, as empresas podem não apenas alcançar o sucesso financeiro, mas também desempenhar um papel significativo na construção de um futuro mais inclusivo e equitativo para todos.

Compreender e aproveitar o poder econômico das mulheres não é apenas uma estratégia inteligente de negócios, mas também uma oportunidade de fazer a diferença positiva no mundo. As empresas que abraçam essa visão estão posicionadas para liderar o caminho em direção a um futuro mais próspero e igualitário para todos.