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Devastação causada pelas chuvas no RS atingem mais de 2 milhões. Milhares perderam tudo e não sabem para onde ir; ou se vão comer e dormir

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Guilherme Belido Escreve
Por Guilherme Belido
13 de maio de 2024 - 15h35

A imagem da Reuters, aqui reproduzida da Ag. Brasil e publicada em vários jornais e sites jornalísticos, precisa ser divulgada mais e mais para que o povo brasileiro veja a dimensão destrutiva e avassaladora de seus irmãos do RS. Outra face do sofrimento mostra pessoas em retirada, andando com água na cintura, expostas a doenças, muitas vezes sem o filho menor, a mulher ou o marido, porque nem mesmo sabem se estão vivos ou mortos.

Existem culpados? Claro que sim. Os prefeitos das cidades constantemente afetadas, os governadores e, principalmente, os governos federais. E não adianta culpar Marina Silva, acusando-a de ‘se apresentar’ apenas de 4 em 4 anos – o que, por sinal, em parte é verdade – da mesma forma que a ministra praticamente não fala mais das queimadas na Amazônia, que aumentaram no governo Lula. Agora, se foi desprestigiada logo no início de 2023, deveria ter pego sua malinha e ido embora. Por outro lado, é bom ficar viajando na executiva ou 1ª classe, – não é mesmo? 

Mas não é hora de apontar dedos. O momento exige das autoridades e da sociedade todo esforço e torcida para que o nível do Guaíba pare de subir, revertendo a previsão de segunda-feira (13) de que pode chegar a 5,60 metros. Ao mesmo tempo, levar para lá a ajuda emergencial e os investimentos necessários.

Como não se está dando uma notícia, seria inócuo publicar o número de óbitos, desaparecidos, desalojados ou o prejuízo do Agro. Afinal, só quando as águas baixarem e o trabalho de restauração for realizado, é que saberemos ao certo o tamanho do infortúnio. 

Ontem, foi Petrópolis; hoje, Rio Grande do Sul; e amanhã? As autoridades constituídas vão continuar dando uma mão de tinta na casa que está caindo, ou farão o que é de sua obrigação, que diz respeito às causas, não às consequências? 

Foto: Divulgação

Catástrofe no Agro  

O impacto das chuvas extremas no Rio Grande recai sobre 2,1 milhões de pessoas – tragédia humana que não se compara com os prejuízos econômicos. Contudo, no agro, o reflexo virá no desemprego, no desabastecimento e nas lavouras que se perderam. A Agropecuária prevê prejuízos severos, nas colheitas, entre outras de soja, milho, trigo, uva etc. Uma catástrofe para a economia do RS que irá refletir em todo país….