×
Copyright 2024 - Desenvolvido por Hesea Tecnologia e Sistemas

Falta de acessibilidade no centro de Campos é alvo de reclamação

Calçadas com piso irregular, banheiros distantes e com escadas são as principais queixas

Geral
Por Nelson Nuffer (Estagiário)
5 de junho de 2024 - 12h52
Fotos: Silvana Rust

O Centro de Campos dos Goytacazes, área com intenso comércio e serviços que são utilizados pela população da região, oferece grandes desafios para pessoas com dificuldades de locomoção, como o desnível e buracos em calçadas. Além dos obstáculos para transitar pelo centro, cadeirantes não têm acesso à banheiros públicos adaptados.

Há cerca de um mês, a Prefeitura de Campos começou o trabalho de revitalização do Centro Histórico (leia aqui) com desobstrução de canaletas e limpeza do calçadão Boulevard Francisco de Paula Carneiro. No entanto, a ação não incluía obras na área central (leia aqui).

Hélio da Silva Moço, de 62 anos, é cadeirante há aproximadamente um ano, se desloca pela cidade sozinho com uma cadeira de rodas simples e compartilha as dificuldades que encontra transitando por ruas e calçadas do centro da cidade. Além disso, ele reclama que o banheiro público mais próximo está na Avenida XV de Novembro e não oferece condições de acessibilidade.

Hélio da Silva Moço reclama de ausência de banheiros acessíveis na área central de Campos. Foto: Silvana Rust

 “Espaço não falta! Tem como fazer um banheiro pros aposentados, para aqueles que vem comprar as coisas… Eu não posso comer, não posso beber, porque não tem banheiros! Muito mal posso beber água, que aí eu me escondo atrás de um carro desses aí e faço o que tem que fazer com isso (garrafinha), que é meu depósito” afirma Hélio.

No caminho da agência da Caixa Econômica Federal até os banheiros públicos mais próximos, localizados no terminal de ônibus da avenida XV de Novembro, é possível observar as dificuldades enfrentadas pelo cadeirante. Calçadas estreitas e com pisos irregulares fazem com que a solução seja andar no meio da rua, próximo a carros e outros perigos. Buracos também são observados no meio do caminho.

Morador da Tapera, o sr. Hélio afirma que apesar da situação do centro ser ruim, no seu bairro é bem pior. ele conta que toda semana precisa ir ao centro para consultas, pagamentos e outras atividades, encontrando desafios até nos ônibus.

“Eu venho lá de Tapera 1, na BR-101, e na maioria dos ônibus não está funcionando o elevador. Lá na Tapera é pior ainda, porque é tudo de paralelepípedo.”

O banheiro público ainda mostra mais dificuldades no caminho ao não possuir um acesso com rampa. Para fazer o seu uso, Hélio precisa de escalar as escadas sem sua cadeira de rodas.