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Sem reunião com o IMTT, São Salvador continua em greve

Prefeitura alega que a empresa pediu adiamento do encontro, mas sócio contesta

Campos
Por Redação
25 de janeiro de 2018 - 19h40

paralizacao-motoristas-de-onibus-silvana-rust-169A reunião que estava prevista para acontecer nesta quinta-feira (25) entre a Prefeitura de Campos e a empresa São Salvador não aconteceu.

Segundo nota da Prefeitura enviada para o Jornal Terceira Via, nesta tarde, a empresa de ônibus teria adiado o encontro, mas um dos sócios da empresa São Salvador contestou. “A reunião realmente não aconteceu, mas o adiamento não foi um pedido da empresa. Não sei o real motivo”, declarou.

Sem a reunião, a greve continua e, de acordo com o sócio, uma manifestação será realizada por funcionários na manhã de sexta-feira (26), porém ele não deu mais detalhes sobre o ato.

A greve dos funcionários teve início na última segunda-feira (22), em protesto ao atraso de seis pagamentos. Com isso, o IMTT determinou que o consórcio União, responsável por outras linhas, suprisse os itinerários da Baixada em caso de desfalque.

Um motorista da São Salvador, que teve a identidade preservada, disse que as empresas do transporte coletivo não tem caixa para pagar os funcionários, visto que, os coletivos transportam na sua maior parte, idosos e estudantes, o que significa passageiros não pagantes

De acordo com o IMTT, medidas administrativas cabíveis, como notificação e multa, já estão sendo aplicadas. A reunião entre o IMTT e a empresa São Salvador, que seria realizada nesta quinta (25), foi adiada para a próxima semana, pela empresa de ônibus.”

Segundo o sócio da empresa, para conseguir pagar os funcionários seria necessário ter 37 passageiros pagantes a cada viagem. Atualmente,  cada ônibus tem circulado com um número bem abaixo do esperado, que varia de cinco a 24 pagantes.

“A conta nunca fecha positiva. Arrecado de R$ 12 a 14 mil por dia, mas só com óleo diesel gasto R$ 16 mil. O ideal seria que o transporte público tivesse uma nova licitação e que as vans alternativas cumprissem uma lei municipal, que as proíbam de fazer o mesmo trajeto do ônibus”, disse.