Quando uma frota de 200 mil veículos está em trânsito na soma de carros, caminhões, ônibus e motocicletas, entre ruas estreitas e avenidas onde os sinais não são sincronizados, o nó é inevitável.
Em um bom trabalho de pesquisa a repórter Laila Nunes revela aos leitores que Campos tem hoje, emplacados aqui, em dados oficiais do Detran, mais de 180 mil veículos.
Como é sabido que pelo menos 20% da frota de Campos é emplacada no vizinho Estado do Espírito Santo, com os donos dos veículos seduzidos pelo custo do IPVA, a metade cobrada pelo Rio, concluímos que o número de 200 mil veículos é uma estimativa razoável.
Os números mostram que Campos tem mais veículos que a vizinha Macaé, a segunda da região, tem de habitantes. Supera o número de habitantes de vários municípios somados como São João da Barra, São Fidélis, Itaocara, Pádua e Miracema.
Somente na primeira meta deste ano mais de mil veículos foram emplacados em Campos. Em média são 2,5 mil por ano. Isso significa que a frota vai continuar
crescendo e o nó ficando cada vez mais apertado.
Estamos falando de um veículo para cada três habitantes, bem acima da média nacional. O que levaria o campista a ter tantos veículos? A deficiência no transporte coletivo, busca de status, comodidade?
Indiscutivelmente a primeira hipótese é a mais plausível. Sem um transporte coletivo decente as pessoas se sacrificam e compram carros. Muitos se enforcam no orçamento, e aumentam o nó do trânsito.
Em um quadro deste é necessário um plano de emergência para minimizar os efeitos do problema. É preciso investir urgentemente em um projeto de engenharia de trânsito, como fez, por exemplo, a cidade de Curitiba.
purchase Antabuse
Lasix reviews
Custa caro sim. E pensar que por mais de uma década Campos teve um orçamento maior do que a capital paranaense.
Fato é que estamos na contramão do que o futuro preconiza. Existem estudos que afirmam que o carro será o cigarro de amanhã. As pessoas tendem a usar cada vez mais o transporte coletivo desde que ele realmente funcione. Mas parece que estamos longe disso e o nó tende a apertar cada vez mais.