Além da vistoria, a promotoria oficiou a Secretaria municipal de Saúde, a Secretaria estadual de Saúde e o Conselho Regional de Medicina (Cremerj) para “análise das providências que precisam ser tomadas sobre o hospital”.
A denúncia ao MP foi feita em outubro último, após a morte da pequena Sawanna de Araújo que morreu com seis anos, em setembro de 2016, quando contraiu uma pneumonia durante o tratamento de leucemia no hospital. Além dela, Lucas Manhães, de 12 anos, Aline Dantas, 20, Mariah Freitas, 15, Daniel, Wanessa, Ketelin e Maria José morreram entre setembro do ano passado e março deste ano. As famílias – que se conheceram nos corredores e enfermarias do hospital -reclamam que o setor não tem condições sanitárias adequadas, médicos suficientes e atendimento de qualidade. Além disso, as famílias denunciam excesso de sessão de quimioterapia nos pacientes.
Lucas, que morreu de pneumonia no dia 27 de março, teve que esperar cerca de 24 horas por um leito de UTI. Com a saúde agravada por uma pneumonia e sem vaga na UTI da Beneficência, Lucas foi transferido para o Hospital Ferreira Machado e não resistiu.
“A imunidade do meu sobrinho estava muito baixa e, ainda assim, continuaram as sessões de quimioterapia. Ele teve vários sangramentos”, lamentou a tia de Lucas, Ana Carla Manhães.
Mais reclamações acquire nolvadex lioresal online
E as denúncias não param por aí. Ainda segundo Ana Carla, Lucas passou cinco dias em sessões quimioterapia após os sintomas de pneumonia. Ela contou que no dia 15 de março (quarta) Lucas começou apresentar sinais de pneumonia, como tosse frequente e, mesmo assim, recebeu alta de uma semana e foi para casa. Ele voltou no dia seguinte (quinta) para o hospital com os sintomas da pneumonia agravados. Ainda assim, Ana Carla informou que na sexta (17), as sessões de quimioterapia foram retomadas e duraram até terça (21), quando foi necessária a transferência dele para a UTI. “A imunidade dele baixou ainda mais e por isso ele não conseguiu se recuperar da pneumonia. Ele foi transferido no dia 22 pro Ferreira Machado levando o pacote de quimioterapia. A médica do Ferreira disse que ele não tinha condições clínicas para receber mais quimioterapia e começou tratando a pneumonia, mas ele já estava debilitado demais e não aguentou”, lamentou a tia.
Revoltada com o descaso no hospital, Ana Carla continua com mais denúncias. “No dia seguinte a reportagem que o Terceira Via fez sobre o número de mortes no hospital e a falta de estrutura, funcionários colocaram sabonete líquido nos banheiros, álcool em gel nas enfermarias e iniciaram um reparo no pátio do hospital. Porém, quando chove há goteira sobre a cama dos pacientes. Acredito que esse problema não foi resolvido.
Ana Carla finaliza as reclamações informando que após as oito mortes, somente três crianças permanecem em tratamento no hospital: Talles André, de 4 anos, Alisson Freitas, de 2 e Ana Clara, de 10 anos.
Posição do Hospital purchase dopoxetine
Em nota, a Sociedade Portuguesa de Beneficência de Campos, informou que 70% do câncer infantil é causado por leucemia aguda e que em pacientes de alto risco, o índice de morte é de 40 a 50%.
O hospital informou ainda que um trabalho realizado no Inca (Instituto do Câncer) aponta uma média de 40% no índice de mortalidade em pacientes com idades até 14 anos, que sofrem de leucemia aguda. O hospital garantiu que atua com médico hematologista especialista em tratamento infantil, de adultos e idosos. A nota foi assinada por Ionilda G. do R. V. Carvalho, responsável pelo serviço de Oncologia e Hematologia do hospital. Ela finaliza com a informação de que a estrutura física do hospital é vistoriada por órgãos federais, estaduais e municipais.