No primeiro momento, precisamos entender que há um sentimento geral de desconfiança acerca dos políticos. Como esse conflito afeta a personalidade, o comportamento e as decisões daqueles indivíduos?
As promessas que são prometidas nas campanhas nem sempre podem ser cumpridas na prática, após a eleição, pois ficamos diante de um caos administrativo que surge como barreira, às vezes intransponível, na relação entre o legislativo e o executivo, por exemplo.
Os políticos detentores de cargos no legislativo são pontes, ou pelo menos deveriam ser, que ligam os anseios da sociedade ao poder executivo, esse sim, o legitimado a executar ações no âmbito administrativo, seja no município, estado e união.
No momento atual, a situação é bem pior, pois a cada dia que passa, a máquina administrativa se torna incapaz de prover o mínimo necessário para a dignidade da população e isso reflete nos parlamentos, onde seus integrantes não conseguem explicar, de forma ampla, para a maioria, que a sua função principal é a de criar leis e fiscalizar o executivo.
Vivemos um momento nacional muito difícil com queda de arrecadação em praticamente todos os municípios do país e isso, somado aos altos índices de corrupção, faz com que a imagem do político esteja sempre em uma espécie de precipício.
Mesmo assim, não há alternativa, que não seja noticiar o que realmente é a função de cada um dentro desse jogo político. Não há mais espaço para promessas mirabolantes que beiram ao surreal.
A sociedade quer ações básicas, possíveis de serem realizadas com brevidade e que possam alavancar o tripé saúde, educação e segurança.
Um exemplo disso é a situação dos estudantes das escolas públicas, que, devido à pandemia, estão até hoje, sem aula, prejudicando de forma irreparável o conhecimento.
A imagem do político só será, de uma vez por todas, reparada se o bem comum estiver como premissa maior, mesmo que o êxito das lutas nem sempre possam ser alcançados.