Foi lançada nesta quarta-feira (6) em Brasília, pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Campanha da Fraternidade (CF) 2019. O tema deste ano é fraternidade e políticas públicas e o lema, “Serás libertado pelo direito e pela justiça”, baseado no texto do livro de Isaías, capítulo 1:27.
A abertura da Campanha da Fraternidade marca o início da Quaresma, período de 40 dias que separam o Carnaval e a Páscoa, durante o qual fiéis de igrejas cristãs – como Católica (especialmente), Ortodoxa, Anglicana e Luterana – fazem penitências, orações e reflexões. O período também é marcado como tempo de conversão de não cristãos em seguidores de Jesus Cristo.
Durante a Campanha da Fraternidade, desenvolvida no período quaresmal, a Igreja Católica buscará neste ano chamar a atenção dos fiéis a temas das políticas públicas, “ações e programas desenvolvidos pelo Estado para garantir e colocar em prática direitos que são previstos na Constituição Federal e em outras leis”.
“Nesta CF 2019, a Igreja no Brasil pretende estimular a participação dos cristãos em políticas públicas, à luz da palavra de Deus e da doutrina social para fortalecer a cidadania e o bem comum, sinais da fraternidade”, diz a CNBB. “Em 2019, a Conferência convida todos a percorrer o caminho da participação na formulação, avaliação e controle social das políticas públicas em todos os níveis como forma de melhorar a qualidade dos serviços prestados ao povo brasileiro”, conclui.
Lançamento
O lançamento da campanha 2019 foi coordenado pelo presidente da conferência, cardeal Sergio da Rocha, e o secretário-geral da entidade, dom Leonardo Steiner. Entre os convidados, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e integrantes de organizações da sociedade civil.
Bispo de Campos
O Bispo de Campos, dom Roberto Francisco considera que a igreja precisa mostrar claramente que a fé tem uma dimensão pública. Segundo ele, os cristãos têm compromisso com a transformação e a renovação da democracia participativa à luz dos grandes princípios: bem comum, solidariedade, justiça social, autonomia, participação e a opção preferencial pelos pobres. Ele defende a urgência de políticas públicas para a saúde, educação e segurança.
“Defender o SUS, uma escola de cidadania e controle social para efetivar os direitos sociais garantidos pela constituição. Fortalecer os conselhos da saúde, dando-lhe poder mais deliberativo a nível municipal, estadual e nacional. A saúde não é mera ausência de doença, mas um processo permanente de crescimento e harmonia em todas as dimensões humanas: corporal, mental, ambiental, social e espiritual. As políticas públicas devem ser voltadas para a integralidade e a totalidade da vida humana e a de todos os seres”, disse o bispo.
Fonte: Metrópoles/Ascom