Pesquisadores universitários estão desenvolvendo soluções práticas para os desafios de Campos dos Goytacazes por meio do Programa Mais Ciência, que neste ciclo de 2025 contempla 62 projetos com apoio da Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia. O objetivo é conectar o conhecimento acadêmico às demandas reais do município, com impacto direto nas políticas públicas.
Os trabalhos foram apresentados no 17º Congresso Fluminense de Iniciação Científica e Tecnológica (CONFICT), realizado entre os dias 7 e 11 de julho na Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf). Muitos deles abordam questões centrais para o cotidiano da população, como o trânsito, o transporte público e a infraestrutura urbana.
Quatro projetos estão diretamente relacionados à mobilidade urbana e ao transporte coletivo, em parceria com o Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT). Entre eles, está a pesquisa de Marlon Gomes Lima, da Universidade Federal Fluminense (UFF), orientado por Cristiano Souza Martins, sobre “Características do transporte intermunicipal: principais origens e destinos”.
Do Instituto Federal Fluminense (IFF), Maria Eduarda Coutinho Viega estuda, sob a orientação de Danielly Cozer Aliprandi, a “Infraestrutura urbana para mobilidade ativa”. Outra pesquisa do IFF, conduzida por Eduarda Vitorino Silvino e orientada por Fagner das Neves de Oliveira, mapeia a rede cicloviária da cidade. Já a estudante Stheffany Maria Santos Ribeiro (UFF) analisa, com apoio do orientador Samuel Alex Coelho Campos, a relação entre gastos públicos em saúde e os acidentes de trânsito em Campos.
O vice-presidente do IMTT, Davi de Alcântara, destacou a importância da parceria entre academia e poder público. “A cidade cresceu muito e precisa de diagnósticos precisos. Esses estudos ajudam a entender a percepção do usuário, os impactos das intervenções no trânsito e até a redução de custos na saúde pública. Isso nos dá mais base para melhorar o sistema de transporte”, afirmou.
A gerente de Projetos de Engenharia do IMTT, Laura Manhães, reforçou o papel estratégico das pesquisas. “Os projetos ajudam a localizar os pontos mais críticos e a destinar os recursos públicos com mais eficiência. A parceria com o Mais Ciência é fundamental para compreender o que a cidade realmente necessita”, disse.
Entre os novos bolsistas está Hayra de Araujo Louro Borges Coelho, do Centro Universitário Fluminense (UNIFLU), que investiga o impacto do programa no desenvolvimento regional. Com orientação do professor Heitor Benjamim Campos, ela celebrou a oportunidade de participar do programa. “Essa bolsa aproxima as universidades das demandas do município e abre portas para nosso crescimento profissional”, destacou.
Iniciado em 1º de junho, o ciclo 2025 do Mais Ciência prevê bolsas mensais de R$ 700 por 14 meses para os estudantes, além de uma taxa de bancada de R$ 1.500 para os professores-orientadores. O programa busca estimular a iniciação científica, tecnológica e a extensão universitária com impacto direto no território.
Fonte: Secom/PMCG