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Dores emocionais e físicas com tratamento fisioterapêutico

A gestora da FisioClínica, Julia Neves, aborda sobre os cuidados com pacientes

Saúde
Por Redação
29 de setembro de 2024 - 0h01
Fotos: Josh

Na luta contra depressão e sentimentos depressivos, a fisioterapia tem se mostrado uma aliada importante, trazendo benefícios não só físicos, mas também emocionais. Julia Neves é gestora da FisioClínica, com três unidades em Campos dos Goytacazes, e compartilhou sua experiência e algumas abordagens fisioterapêuticas que podem auxiliar pacientes com dores emocionais.

Segundo Julia Neves, o primeiro passo para o alívio dessas dores é procurar ajuda profissional. “Muitas vezes, o paciente não sabe a quem recorrer, e qualquer profissional de saúde pode ser o ponto inicial para encaminhá-lo a quem pode efetivamente tratá-lo. As dores emocionais são uma condição multifatorial, e o tratamento deve ser multiprofissional, envolvendo fisioterapeutas, psicólogos e psiquiatras”, explica.

A gestora reforça que existe uma forte correlação entre dores físicas e emocionais, especialmente em casos de dores crônicas que não respondem bem aos tratamentos convencionais. “Recebemos muitos pacientes com dores persistentes que, após investigação, mostram uma conexão clara com questões emocionais. O fisioterapeuta, em parceria com outros profissionais, pode ser fundamental para tratar essas dores de forma mais ampla”, afirma Julia.

A fisioterapia, segundo Julia, oferece algo além do alívio físico imediato. “Qualquer tipo de tratamento que oferecemos está profundamente ligado ao cuidado, ao toque e à escuta ativa. Quando o paciente chega à clínica, ele já começa a ser acolhido, independentemente da terapia que será prescrita após a avaliação. Esse acolhimento, esse toque físico, já é um grande passo no processo de cura”.

Ela compartilha ainda relatos de pacientes que obtiveram grandes benefícios ao receber tratamento na FisioClínica. “Temos inúmeros casos de sucesso de pessoas que chegaram com dores físicas intensas, ligadas ao estresse ou depressão, e que, com o tratamento conjunto, melhoraram significativamente. Muitos psicólogos e psiquiatras encaminham pacientes para nós, e esse trabalho interdisciplinar é essencial.”

Atividade física como terapia
Julia Neves acredita que a prática de exercícios físicos pode ser uma terapia eficaz para combater o estresse e melhorar o bem-estar emocional, ainda que esse campo seja mais voltado aos profissionais de educação física. “Como praticante de atividades físicas, sinto que o exercício é uma forma de terapia. Correr, por exemplo, me ajuda a aliviar o estresse do dia a dia, e isso impacta diretamente na minha saúde mental”, destaca.

Ajuda para lidar com a dor
Para a gestora, um dos maiores desafios dos fisioterapeutas é ajudar o paciente a lidar com a dor. “Ninguém convive bem com dor. A dor tem um impacto direto no estado emocional das pessoas. Nosso objetivo é ajudar os pacientes a viver sem limites, e quando conseguimos reduzir ou eliminar suas dores, observamos uma mudança profunda também na sua saúde emocional”.

As dores emocionais, de acordo com Julia, se manifestam frequentemente no corpo físico, e cabe ao fisioterapeuta compreender essa conexão. “Quando um paciente relata dores físicas em momentos específicos, normalmente associadas a algum episódio emocional, conseguimos traçar um paralelo entre o que ele sente no corpo e o que viveu emocionalmente. A partir daí, montamos um plano de tratamento que aborda tanto a parte física quanto a emocional”.