O delegado Carlos Augusto Guimarães, titular da 146ª Delegacia de Polícia (Guarus), conversou com a imprensa na tarde desta segunda-feira (6), sobre a prisão do homem apontado como autor do homicídio de um casal em Travessão. Preso em flagrante por agentes da 146º DP, ele confessou o crime.
O homem tem ainda um mandado de prisão em aberto por feminicídio em Alagoas e é investigado pelo assassinato de um homem também em Travessão, ambos cometidos da mesma forma: golpes de faca.
Adriano José de Oliveira, de 34 anos, e Angélica Belmiro de Matos, 33, foram mortos a facadas, na noite deste domingo (5), no distrito situado à região Norte de Campos.
“As investigações apontam para uma pessoa extremamente fria e perigosa. São crimes cometidos por motivo torpe. O casal, ele confessa que matou por ciúmes, alegando que tinha um envolvimento com a mulher e a viu em um bar com outro homem. Um outro casal presenciou o crime e já testemunhou relatando que ele invadiu a casa onde eles estavam e cometeu o duplo homicídio. Um cerco foi montado onde ele morava e conseguimos localizá-lo, já pronto para fugir, com a faca usada no crime, a bermuda suja de sangue e uma mochila”, disse Carlos Augusto Guimarães.
As investigações o apontam ainda como responsável pelo assassinato de Jonas de Souza, em dezembro do ano passado. Contra ele, existe também um mandado de prisão pela morte da ex-companheira na cidade de Murici (AL), por facadas no pescoço, em 2016.
“Esse assassinato em Travessão também teve uma testemunha ocular. A mulher, que era companheira da vítima na época, e já reconheceu o criminoso. O casal caminhava por uma rua em Travessão, quando ele chegou, pediu para a mulher se afastar e executou o homem a facadas no local. As investigações caminham no sentido de que o motivo foi uma discussão que os dois homens tiveram horas antes, em um bar, e que eles trabalhavam juntos”, relatou. E acrescentou:
“No caso de Alagoas, o que temos de informação inicialmente é que ele esfaqueou a então companheira com várias facadas no pescoço, chegando a quase degolar a vítima”, completou.
Natural de Alagoas, o homem foi localizado por agentes da 146ª Delegacia de Polícia (Guarus), na residência onde morava, em Travessão. De acordo com Carlos Augusto, as investigações indicam que ele estava em Campos há pelo menos quatro anos, morando no distrito situado à região Norte do município. Lá, trabalhava em uma lavoura de cana de açucar.
Ele permanece sob custódia da Polícia Civil e deve ser encaminhado a uma unidade prisional na manhã desta terça-feira (7). A previsão é de que aconteça na quarta-feira (8) a audiência de custódia pelo assassinato ocorrido no ano passado, em Travessão.
A Justiça de Alagoas vai definir quando acontece a audiência pelo feminicídio pelo qual ele responde e está foragido. A tendência, segundo o delegado, é que o homem permaneça preso em Campos. A pena por cada homicídio varia de 12 a 30 anos, porém Carlos Augusto adiantou que o tempo de condenação pode até ultrapassar os 30 anos, de acordo com os agravantes.
