O músico Guilherme Azevedo, de 31 anos, conhecido como Guiaz, usou as redes sociais para denunciar agressões que sofreu na última quinta-feira (17) em São Fidélis, no Norte Fluminense. Segundo Guilherme, a violência praticada por sete homens foi motivada por homofobia e a perseguição já acontecia há a algum tempo.
De acordo com o músico, o crime aconteceu quando ele estava na beira de um rio próximo de casa, onde mora há um mês. Local que também é frequentado pelos agressores. Ainda segundo Guilherme, a perseguição dos sete homens era uma constante em sua rotina.
“O que aconteceu foi a gota d’água. Desde que me mudei pra cá, há um mês, vou a um rio que tem aqui perto de casa, para fazer yoga, fumar um cigarro, e todo dia encontro com eles, que sempre ficam fazendo piadinhas, debochando. É um inferno!”.
“Tô fazendo esses stories para falar para vocês que homofobia é crime e não vai passar batido. Faço questão de exibir o estado que eu estou nesse momento, com dedo quebrado, todo machucado, cortado”, disse Guilherme em vídeo.
De acordo com o músico, as agressões só pararam quando uma amiga chegou para socorrê-lo.
“Minha melhor amiga ouviu o barulho e saiu de casa correndo com o bebê no colo para me socorrer. Nessa hora as agressões pararam. Acho que se ela não tivesse aparecido, eu estaria bem pior”.
Guilherme teve dedo e ombro quebrados, além de várias escoriações e um corte na cabeça.
“Esse episódio me fez pensar. Estou me sentindo violado, invadido, exposto. Eu nunca militei. A minha militância é a minha própria existência. Mas agora estou vendo que isso não é o suficiente mais”, desabafou ele. O músico chegou a ser levado para o hospital da cidade, mas já se recupera em casa.
A nossa equipe de reportagem entrou em contato com o músico e aguarda informações sobre as investigações do caso.
Fonte: Com informações do G1