O Teatro Municipal Trianon e o Museu Histórico de Campos voltaram a ter o fornecimento de energia interrompido, nesta terça-feira (4), por falta de pagamento. Na última quinta-feira (29), o Shopping Popular Michel Haddad também teve a luz cortada porque a Prefeitura não havia quitado as últimas contas. Na ocasião, a Enel informou que a medida só foi tomada após inúmeras tentativas de negociação da dívida.
No caso no Museu e do Trianon, os dois prédios chegaram a ficar 29 dias com a energia cortada. O fornecimento foi interrompido pela concessionária dia 27 de maio e só foi restabelecido em 26 de junho.
Em nota, a Prefeitura informou que há mais de um ano, foi solicitada à Enel emissão de conta com código de barra individual para pagamento de fatura. “Este pedido havia sido negado pela concessionária – que agrupa conta de vários imóveis numa única fatura, fazendo com que o valor da conta fique muito elevado. A Procuradoria Geral do Município está adotando as medidas jurídicas cabíveis para restabelecer o fornecimento, tendo em vista a conduta abusiva da concessionária de energia de não individualizar as faturas para pagamento”, disse.
A Prefeitura conclui: “Como já sabido, o município atravessa um momento de sucessivas quedas de arrecadação e segue estudando medidas para pagamentos prioritários, entre estes, a energia destes prédios. No último mês, a cidade de Campos recebeu o terceiro menor repasse de royalties nos últimos 16 anos. Entre royalties e Participação Especial (PE), Campos já acumula perdas de mais de R$ 150 milhões somente este ano”, finalizou o órgão.
Também em nota, a Enel Distribuição informou que “realizou cortes em prédios públicos do município de Campos dos Goytacazes no dia de hoje (04) em função de débitos da administração municipal com a empresa. Entre os edifícios que tiveram o fornecimento de energia interrompido está o Museu Histórico. A Enel reforça que os cortes foram precedidos de notificação, cumprindo a resolução 414 da agência reguladora do setor elétrico (ANEEL), e ocorreram em unidades que não prestam serviços essenciais”.