Após reiteradas tentativas de solução junto à operadora de Saúde CASSI em relação a débitos financeiros não quitados, a direção do Grupo IMNE decidiu, nesta quarta-feira (20), suspender os serviços para os associados da mesma. A decisão foi tomada devido à falta de pagamento do plano médico pelos serviços hospitalares realizados pelas unidades que compõem o IMNE, como Hospital Geral Dr.Beda, Clínica e Maternidade Lilia Neves e UTI Neonatal Nicola Albano. Entretanto, pacientes já em tratamento ou internados não serão prejudicados.
A primeira interrupção no atendimento à CASSI se deu no dia 27 de janeiro, quando a direção do Grupo IMNE comunicou publicamente a suspensão dos serviços para a operadora, pelos mesmo motivos de falta de pagamentos dos serviços prestados. A segunda suspensão nos atendimentos aconteceu após outro comunicado no dia 2 de fevereiro, não obtendo em nenhum momento um posicionamento da CASSI no sentido de solucionar as pendências.
A constante inobservância ao contrato firmado entre a operadora e as empresas do Grupo IMNE, sem que a atual diretoria da CASSI demonstrasse qualquer atitude no sentido de saldar a citada dívida levou o grupo IMNE a tomar tal atitude, pois além do desrespeito contratual, o fator adicional “quebra de confiança” se fez presente em todas as tentativas de solução da questão.
A Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) existe há 76 anos e conta atualmente com cerca de 650 mil segurados. Em 2018, a operadora enfrentou problemas de reservas financeiras e inversão de patrimônio, além de alguns impedimentos por não conseguir cumprir exigências feitas pela Agência Nacional de Saúde (ANS). De acordo com reportagem publicada pelo site brasiliense “Metrópoles” em 28 de novembro de 2019, nos últimos sete anos a CASSI tinha dívidas de R$ 900 milhões. Para não quebrar, um novo estatuto foi elaborado e aprovado por seus associados.