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Julgamento de “Nolita” acontece nesta terça no Fórum Maria Tereza Gusmão

Réu é considerado suspeito de ser um dos criminosos mais violentos de Campos dos últimos tempos

Campos
Por Redação
28 de agosto de 2018 - 14h55

Suspeitos de homicídio, entre eles, Nolita (Foto.: JTV)

O julgamento de Francio da Conceição Batista, o Nolita, de 34 anos, acontece em Campos na tarde desta terça-feira (28). Ele é considerado pela polícia como suspeito de ser um dos criminosos mais violentos de Campos dos últimos anos e chegou a ser um dos mais procurados também. O policiamento no Fórum Maria Tereza Gusmão foi reforçado. Nolita era investigado por suspeita de participação em 55 crimes e foi preso no dia 8 de março de 2018, em uma operação da Polícia Militar.

A audiência começou por volta das 15h10. Nolita está sendo julgado pelo assassinato de Wanderson dos Santos Ribeiro e atentado contra a mulher da vítima, Monserrath Marcelino, que sobreviveu aos tiros. O crime aconteceu no dia 12 de outubro de 2009, na Rua Nova Esperança, no bairro Vila Industrial, em Guarus. Além de Nolita, Gilberto Marcos da Cruz Rosa e Romualdo da Silva Conceição também estão sendo julgados. Em depoimento ao juízo, Monserrath disse que estava junto com seu marido quando ela parou para comprar um sorvete. Nesse momento, cinco criminosos armados se aproximaram do marido dela e começaram a atirar. Um dos tiros atingiu a mulher de raspão. Wanderson morreu na hora. De acordo com o processo, Wanderson foi morto por “queima de arquivo”, já que teria presenciado a morte de um homem identificado como Sebastião.

A promotoria chamou atenção de Montserrath por estar se contradizendo no testemunho desta terça, com relação ao depoimento dado na época do crime, na delegacia, quando ela disse que seria capaz de reconhecer os autores do crime e que fora atingida de raspão. Hoje, porém, ela nega que tenha sido atingida e que seria capaz de reconhecer os criminosos.

A defesa dos réus chegou a recorrer ao Tribunal de Justiça pedindo que eles não fossem a júri popular, mas os desembargadores negaram o pedido.

Tráfico de drogas – Quando foi preso em março, Nolita era suspeito de chefiar o tráfico de drogas do Parque Santa Rosa, em Guarus e, contra ele, havia três mandados de prisão em aberto. Ele foi preso na casa onde morava, considerada de luxo pela polícia. No local, foram apreendidas uma arma e farta munição.

Nolita é suspeito também de crimes de homicídio, furto, associação ao tráfico, coação no curso do processo, extorsão, tráfico de drogas, furto de veículos, corrupção de menores, tortura e até estupro. Ele era temido por outros bandidos e, segundo a polícia, costumava não cumprir acordos feitos entre facções. Em decorrência disso, era tido pelos policiais como independente, destemido e líder de uma suposta terceira facção criminosa implantada por ele em Campos e que brigava com outras duas principais da cidade, o que gerava constantes guerras pelo domínio do tráfico de drogas.

Segundo a polícia, ele passou a fazer do Parque Santa Rosa, em Guarus seu reduto. De lá e também de longe, liderava seus subordinados à práticas criminosas.

Com a prisão de Nolita, a polícia afirma que o número de homicídios diminuiu.

*Mais informações em instantes

Confira os dados de homicídios do Instituto de Segurança Pública (ISP), em Campos:

Janeiro – 14

Fevereiro – 24

Março – 28

Abril – 27

Maio – 20

Junho – 14

Julho – 19

Até o dia 17 de agosto –  9