Completando 30 anos de fundação este ano, o Grupo MPE destaca o investimento na produção de açúcar e etanol, desde que foi firmada uma parceria com a Cooperativa Agroindustrial do Estado do Rio de Janeiro (Coagro) e a compra da antiga Usina Sapucaia, em Campos dos Goytacazes, em 2013. Cinco anos depois da iniciativa, a entidade conseguiu retomar a produção e gerar mais de quatro mil empregos diretos e indiretos só nos últimos dois anos.
Apesar da safra de 2015 ter sido bastante comprometida pela seca, este ano a direção da Coagro aposta em uma recuperação. A produtividade da usina está sendo revigorada com um grande projeto de irrigação por gotejamento, considerado de uso racional da água. De acordo com presidente da Coagro, Frederico Paes, o incremento resultará no plantio e colheita de 150 toneladas por hectare. A melhora dos preços do açúcar no mercado internacional também traz entusiasmo para os executivos, investidores e trabalhadores rurais.
Uma das preocupações do MPE e da Coagro é com o meio ambiente. O parque industrial que funcionava na Usina São José, em Goitacazes, e migrou para Sapucaia foi modernizado e ampliado. Atualmente, essa é a maior usina de açúcar do Estado do Rio de Janeiro. “Quando adquirimos a Sapucaia, foram plantados seis mil hectares de cana de açúcar. A área total é de 11 mil hectares no entorno. Investimos mais de R$21 milhões cumprindo as exigências da legislação ambiental e promovendo a geração de empregos”, diz o empresário Renato Abreu.
Desde que a Petrobras acabou com o congelamento de preços da gasolina, a produção de etanol voltou a atrair o interesse de empresários do setor sucroalcooleiro. “Isto fez com que o etanol voltasse a ser competitivo, pois a gasolina sempre foi o nosso principal concorrente”, explica Frederico Paes. Os executivos acreditam que nos próximos meses conseguirão atrair ainda mais investidores interessados no negócio. A Coagro possui mais de seis mil cooperados.
De acordo com Renato Abreu, há vários fatores que o fazem acreditar na retomada do setor sucroalcooleiro na atualidade: “Os preços mais atrativos do açúcar e do etanol; os investimentos em irrigação que garantirá altas produtividades; e os investimentos já realizados na fábrica que processa a cana de forma mais eficiente; estamos aplicando tecnologia sem perder o foco social e ambiental”, conclui.