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Apesar da inflação baixa, Páscoa deste ano deverá ficar 10% mais cara

Apesar do aumento da inflação, comércio está bastante confiante com as vendas

Geral
Por Redação
20 de fevereiro de 2018 - 17h28
Comércio está confiante com as vendas de chocolates (Foto: Reprodução)

Comércio está confiante com as vendas de chocolates (Foto: Reprodução)

Apesar do governo falar em inflação zero, a Páscoa deste ano deverá ser mais salgada e, em alguns casos, o gosto do chocolate pode ser mais amargo. O reajuste previsto é de 3% em relação ao ano passado, mas isso no atacado. No varejo, ou seja, na mão do consumidor, o aumento vai beirar ou passar de 10%. Mas o setor do comércio está otimista com as vendas.

Segundo Ubiracy Fonseca, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, balas e Derivados (Abicab), o otimismo vem após desempenho ruim no ano passado, com queda muito grande na produção de ovos de páscoa, quando foram produzidas 9 mil toneladas de chocolate para a data, o equivalente a 36 milhões de ovos – foi o pior ano para o setor em três anos. Em 2016, foram 14,3 mil toneladas e 58 milhões de ovos. Em 2015, foram 19,7 mil toneladas e 80 milhões de ovos.

A entidade ainda não tem os números da produção para a Páscoa deste ano porque as empresas ainda estão fabricando os produtos, nem os de vendas do ano passado. De 2015 para 2016, a queda nas vendas foi de 27%.

Para a Abicab, apesar da diminuição no número de postos de trabalho, o recuo em relação ao ano passado foi menos significativo do que a queda registrada em 2017 na comparação com 2016. “As empresas ainda se mostram prudentes nas contratações, mas confiantes nos sinais positivos da economia. Vale lembrar que o setor se recupera de anos ruins”, aponta Fonseca.

A nível de fabricante, o percentual de aumento de preços dos avos de páscoa é estimado em 3%, seguindo a variação da inflação oficial no ano passado – o IPCA ficou em 2,95%.