De acordo com o juiz Ralph Manhães, responsável pelo caso, “a simples designação de audiência para oitiva de testemunhas sem que ainda tenham sido analisadas as defesas prévias, em se tratando de réus presos, não gera, ao sentir deste magistrado, qualquer nulidade. O que não pode ocorrer e não ocorrerá é a realização da audiência sem a análise das defesas apresentadas e o saneamento do feito. A decisão deste julgador de fixar a data da audiência foi justamente para evitar qualquer excesso de prazo e prejuízo, portanto, para os réus se encontram presos”.
Ainda segundo o ofício, nos termos da certidão apresentada verifica-se que um dos réus ainda não foi citado (Antônio Carlos Rodrigues) e que o réu Fabiano Rosas Alonso somente foi citado em no último dia 11, pois se encontrava custodiado em São Paulo. Também foi certificado que as defesas dos réus Antônio Carlos Ribeiro da Silva e Suledil Bernardino da Silva requereram a prorrogação do prazo apresentação da defesa prévia, tendo sido indeferido tais requerimentos e designado o dia 14 desse mês para apresentação de suas defesas, ou seja, 48 horas após o prazo legal, sendo que até a presente data nada foi apresentado, o mesmo ocorrendo com relação à defesa do réu Thiago Godoy.
Com exceção de Garotinho, que cumpre pena a Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira (Bangu 8), no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, todos os demais encontram-se detidos na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte, onde estão outros políticos, como o ex-governador Sérgio Cabral, preso durante a Operação Calicute, e os deputados estaduais Jorge Picciani, que é presidente da licenciado da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Paulo Melo e Edson Albertassi, detidos na Operação Cadeia Velha. Todos pertencem ao PMDB.
Não há informação se os réus serão obrigados a comparecer à audiência.