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Obsoleta, Bacia de Campos já produz menos que o pré-sal do Campo de Lula

Por anos, a região ocupou o topo do ranking, mas com a bacia "madura", a produção está cada vez mais escassa

País
Por Redação
31 de julho de 2017 - 16h31
Petróleo está minguando no pós-sal (Foto: Bloomberg News)

Petróleo está minguando no pós-sal (Foto: Bloomberg News)

Cada vez mais escasso e caro para ser explorado, o petróleo na Bacia de Campos despencou no índice de produção. Depois de se manter por anos no topo do ranking e superar recordes de produção nacional, o pós-sal deu lugar, pela primeira vez, ao pré-sal.

De acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), a superação aconteceu em junho de 2017, quando a produção de petróleo no pré-sal totalizou 1.352.957 barris de petróleo por dia (bbl/d). A do pós-sal somou 1.321.813 bbl/d. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (31).

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 Ao todo, a produção de petróleo no país foi de 2,675 bbl/d, um crescimento de 0,8% se comparado ao mês anterior e de 4,5% em relação ao mesmo mês em 2016.

Segundo levantamento da ANP, O campo de Lula, na Bacia de Santos, foi o maior produtor de petróleo e gás natural. Produziu, em média, 763 mil bbl/d de petróleo e 33,6 milhões de m³/d de gás natural.

Os campos marítimos produziram 95,3% do petróleo e 80,8% do gás natural. A produção ocorreu em 8.220 poços, sendo 744 marítimos e 7.476 terrestres. Os campos operados pela Petrobras produziram 94,1% do petróleo e gás natural.

 Estreito, na Bacia do Rio Grande do Norte, no Nordeste, teve o maior número de poços produtores: 1.109. Dom João Mar, na Bacia do Recôncavo, foi o campo marítimo com maior número de poços produtores: 61.

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Já a produção de gás natural no Brasil foi de 111 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d), superando em 7,4% a produção do mesmo mês em 2016 e em 6,1% a de maio. A produção total de petróleo e gás natural no país foi de aproximadamente 3,37 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d).

A FPSO Cidade de Mangaratiba, localizada no campo de Lula, produziu, por meio de 7 poços a ela interligados, 188,7 mil boe/d e foi a UEP (Unidade Estacionária de Produção) com maior produção.

Trabalhadores offshore (Foto: Divulgação)

Trabalhadores offshore (Foto: Divulgação)

Pré-sal

A produção do pré-sal em junho teve origem em 77 poços e totalizou 1,686 milhão de barris de óleo equivalente por dia, um aumento de 6,4% em relação ao mês anterior. A produção no pré-sal em junho correspondeu a aproximadamente 49,6% da produção de petróleo e gás brasileiro.

Já a produção de gás natural no pré-sal foi de aproximadamente 53 milhões de metros cúbicos por dia. Os poços do “pré-sal” são aqueles cuja produção é realizada no horizonte geológico denominado pré-sal, em campos de profundidade indeterminada.

Queima de gás

O aproveitamento de gás natural no mês alcançou 95,9%. A queima de gás em junho foi de 4,5 milhões de metros cúbicos por dia, um aumento de 21,6% se comparada ao mês anterior e de 27,7% em relação ao mesmo mês em 2016. O aumento deveu-se ao início do comissionamento da plataforma P-66, no campo de Lula.

Outras informações

Em junho de 2017, 300 concessões, operadas por 25 empresas, foram responsáveis pela produção nacional. Destas, 79 são concessões marítimas e 221 terrestres. Vale ressaltar que, do total das concessões produtoras, uma encontra-se em atividade exploratória e produzindo através de Teste de Longa Duração (TLD), e outras sete são relativas a contratos de áreas contendo acumulações marginais.

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*Com informações da ANP

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