Nos bastidores da política goitacá está claro que muitas pré-candidaturas à ALERJ estão apenas alicerçando terreno para 2020. Ano em que as eleições municipais poderão ocorrer, salvo mudanças drásticas no ordenamento eleitoral.
Dentro desse contexto percebo que na mansão há muitos querendo colocar a culpa no mordomo e se antecipando em terreno ainda movediço.
Trata-se de um terrível engano acreditar que uma postulação para ALERJ, por si só, mesmo com boa votação, é o bastante para que alguém se habilite a disputar uma eleição para prefeito de Campos dos Goytacazes.
Qualquer ator político que hoje tenha um sonho de estar um dia na cadeira do executivo precisa dar ao atual gestor o apoio necessário para que a administração seja reconstruída, função essa de Rafael Diniz e sua equipe.
Aqueles que pregam o quanto ‘pior melhor’ estão praticando um jogo perigoso perante à sociedade, que além de antenada, sabe muito bem que a prioridade hoje é gestão e não política partidária.
Não restam dúvidas que estaríamos em outro cenário se não houvesse a crise e o legado deixado por Rosinha. Por outro lado, já passou da hora de conseguirmos identificar quem realmente quer o crescimento e o retorno da moralidade administrativa e quem deseja, por debaixo dos panos, medir a pressão e se deslocar de acordo com a nuvem.
Precisamos de políticos que entendam o momento atual e que saibam fazer as cobranças necessárias de forma cirúrgica para que não seja identificado como um simples contestador. Precisamos de pessoas criteriosas nas cobranças, pois essas serão as plataformas de ação de qualquer governo inteligente.
2018 não será fácil para aqueles que não conseguiram ainda entender que o crescimento político só virá acoplado ao crescimento administrativo. A virada será prazerosa, mas temos que estar atentos aos atores, pois não vale pegar o leme do barco quando a tempestade se acalmar.
O perfil político em constante mutação também precisa ser acompanhado pelos detentores de cargo público. A letargia anterior que faziam com que muitos ficassem em berço esplêndido, aguardando o próximo pleito, está em estado comatoso.
Agora é enfrentar os problemas, arregaçar as mangas, ouvir as demandas sociais e ajudar a construir algo razoável que faça com que a população contribuinte volte a acreditar no político.
Quanto ao pleito de 2018, ora, que conversa de candidatura a prefeito é essa agora?