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Instituição premiada pelo Unicef aposta no trabalho voluntário como caminho para o futuro

A Associação Bem Faz Bem oferece aulas de balé, capoeira, judô, teatro, coral, inglês, leitura, entre outros.

Campos
Por Redação
23 de março de 2017 - 15h28
Orientação escolar do projeto (Foto: Débora Fujimoto)

Orientação escolar do projeto (Foto: Débora Fujimoto)

A Associação Bem Faz Bem ainda nem completou quatro anos de vida e já tem uma certificação que nenhuma outra instituição de Campos e região possui: o Prêmio Itaú-Unicef, conferido em 2015 pelo estímulo à educação integral de crianças e adolescentes. De lá para cá, a associação, mantida por voluntários, não para de crescer. Em 2016, suas atividades contabilizaram cerca de 200 jovens inscritos e 110 famílias assistidas.

Em 2017, as atividades, em fase inicial, indicam um crescimento – sobretudo com a criação de um segundo núcleo. As despesas mensais, em torno de R$ 4.800, são cobertas com doações de sócios e vaquinhas pela internet. Não há nenhuma verba pública. Nascida no bairro de Goitacazes, a Bem Faz Bem tem como proposta principal gerar oportunidades para crianças e jovens, através da oferta de oficinas de artes, esportes e educação. Era o sonho de dois amigos, que compraram uma velha casa abandonada na Rua Norberto Siqueira e, com recursos pró-prios, transformaram o espaço numa espécie de castelo dos sonhos.

Aula de capoeira no projeto (Foto: Débora Fujimoto)

Aula de capoeira no projeto (Foto: Débora Fujimoto)

Pintado em cores alegres, o prédio chama a atenção de quem passa. Logo chegaram outros colaboradores – profissionais de várias áreas que aceitaram doar parte do seu tempo livre ao atendimento aos jovens. Vieram, então, as aulas de balé, capoeira, judô, jiu-jitsu, zumba, street dance, teatro, coral, inglês, leitura e orientação escolar. O cadastro é feito com acompanhamento de uma psicóloga e uma assistente social.

Quem inicia as atividades também passa a receber assistência médica, oferecida por um grupo de médicos que abriram espaço na sua agenda para atender gratuitamente. “Crescemos muito mais do que esperávamos”, admite o presidente da Bem Faz Bem, Erivelton Rangel de Almeida. Por ainda ser iniciante, poucos acreditavam que a instituição conseguisse um bom resultado quando se inscreveu no Prêmio Itaú-Unicef.

O projeto apresentado, “Aprender Faz Bem”, foi desenvolvido com os alunos da Escola Municipal Manoel Coelho, que participaram de aulas de capoeira, dança, leitura e música, além de receber reforço escolar e atendimento médico. De todo o país, eram nada menos que 1.947 projetos inscritos. A primeira surpresa veio com a premiação na etapa regional (Rio de Janeiro e Espírito Santo) na categoria microporte, que garantiu R$ 25 mil para serem investidos na instituição.

Já estava bom; mas a maior conquista viria na etapa nacional, ocorrida em São Paulo: o projeto foi escolhido o melhor do país na categoria, faturando R$ 100 mil, que foram utilizados na ampliação do espaço físico. Com o leque de atividades aumentando cada vez mais, no ano passado chegou a vez dos cursos de geração de renda: corte e costura, escultura e confeitaria. Com tanta gente envolvida, o espaço se tornou pequeno. Mais uma vez com a ajuda de voluntários, a associação conquistou espaço para montar seu segundo núcleo, em Ururaí, onde, neste mês de março, têm início as oficinas de inglês, orientação escolar, música, capoeira, futebol e yoga. É a força do bem, que não para de crescer.

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Treino de jiu-jitsu (Foto: Débora Fujimoto)

Treino de jiu-jitsu (Foto: Débora Fujimoto)

Assim como no setor privado, a propaganda é fundamental para a manutenção e expansão das atividades de uma organização da sociedade civil. No caso da Bem Faz Bem, muitos voluntários e famílias participantes das atividades chegaram por indicação de outras pessoas. E, em muitas ocasiões, quem levou o filho ou a filha para as aulas se encantou com o resultado e acabou se tornando mais um trabalhador da causa. Também acontece o contrário.

Foi assim com a assistente administrativa Cicília Pinto Pessanha Fontes, mãe da Júlia, de 7 anos, que conheceu a associação em 2016. “Fui convidada por uma tia minha, que conhecia o projeto, e comecei a ajudar na Oficina de Costura. Encantada com o projeto, com a estrutura e com o acolhimento que recebi, na semana seguinte já inseri minha filha de 7 anos em diversas atividades, que contam com excelentes professores. Ela foi muito bem acolhida”, elogia a nova artesã da Bem Faz Bem, cheia de planos para 2017.