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Defesa Civil alerta sobre perigos de enxurradas no Imbé

Subsecretário também comenta acidente em que carro foi levado pela força da água e criança morreu

Campos
Por Redação
20 de março de 2017 - 22h40

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Enchente no Imbé (Foto: redes sociais)


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A região do Imbé, situada na área rural de Campos, é bastante explorada por turistas e moradores do município devido às inúmeras belezas naturais. As cachoeiras do local chamam a atenção pela imponência e pelas águas cristalinas, mas, por se tratar de uma região serrana, todo o cuidado é pouco no período de chuvas. Neste final de semana, uma menina de cinco anos morreu após trafegar por uma área alagada no carro de passeio da família e o acidente serviu como alerta quanto aos cuidados que devem ser tomados em situações de perigo. O subsecretário de Defesa Civil, major Edisson Pessanha, deu algumas orientações para quem quer curtir as cachoeiras sem abrir mão da segurança.

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Segundo o subsecretário, no último sábado (18), quando ocorreu o acidente, o volume de água foi intenso no Imbé, chegando a 5 metros de altura. Ele chamou o fenômeno de “enxurrada” devido à intensidade e velocidade de chuva em um curto período. “Quando isso acontece, o grau de destruição é alto e é comum que áreas mais baixas, como as pastagens e estradas vicinais, fiquem alagadas. Com o passar da chuva, geralmente a água é absorvida pela Lagoa de Cima e escoada para os canais, para a Lagoa Feia, e para a foz dos rios até chegar ao mar. E isso acontece dentro de poucas horas”, explicou o major. Ele acrescentou que os rios envolvidos nesse processo são o Rio Preto, Rio Babilônia, Rio Macabu, Rio Mocotó, Rio Urubu até o Rio Ururaí e o Rio da Prata.

Quanto à medição desses rios, o major garantiu que o nível de água está “dentro da normalidade”. “O nível do Rio Ururaí, por exemplo, está abaixo da régua de medição instalada no local. É possível que essas áreas recebam um volume maior de água ao longo da semana, mas não ao ponto de gerar preocupação às famílias que ainda residem às margens do rio”, afirmou.

Sobre o acidente, o subsecretário disse que o que aconteceu foi “uma falta de percepção do risco” ao acessar a área alagada. “Não é comum que as pessoas trafeguem por ali durante enxurradas. Isso porque o acesso às estradas vicinais é bastante dificultado e os moradores dali costumam orientar aqueles que não dominam a área. Na realidade essa foi uma fatalidade que comoveu a todos”.

Alagamento no Imbé (Foto: redes sociais)

Alagamento no Imbé (Foto: redes sociais)

O carro de passeio teria passado por uma ponte de madeira que foi destruída com a força das águas e, de acordo com o major, a prefeitura está investigando para saber se essa ponte pertence a Campos ou ao município de Conceição de Macabu para, a partir da informação, tomar as providências cabíveis na área. Ele acrescentou que, após o acidente, não foi necessário realizar intervenções emergenciais no local porque a água teria baixado rapidamente.

O subsecretário de Defesa Civil orientou ainda os turistas e aventureiros que costumam frequentar ou têm a vontade de conhecer a área do Imbé. Segundo o major, caso a chuva caia durante o passeio, as pessoas devem evitar se deslocar. “O ideal é que os turistas permaneçam ali, mesmo que seja necessário passar a noite fora de casa. Também é importante pedir a orientação dos moradores porque eles conhecem os perigos da área”, concluiu.

A equipe de reportagem entrou em contato por e-mail com a superintendência de Comunicação Social da Prefeitura de Campos para questionar à secretaria de Infraestrutura e Mobilidade Urbana sobre possíveis obras na área do Imbé, mas até o momento não obteve resposta. Ainda assim o jornal aguarda e publicará a nota assim que a mesma foi encaminhada à redação.