Preso preventivamente no presídio de Bangu e já acusado de corrupção e lavagem de dinheiro, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) foi indiciado pela Polícia Federal (PF) no relatório final de investigação da Operação Eficiência, deflagrada no mês passado. O indiciamento ocorreu na terça-feira (7).
Além de Cabral, o empresário Eike Batista e o ex-vice-presidente do Flamengo Flávio Godinho e mais nove pessoas também foram indiciados pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e por formação de organização criminosa que teria desviado ao menos US$ 100 milhões de obras públicas com verbas federais, segundo o Ministério Público Federal (MPF).
Cabral teria recebido propina de US$ 16,5 milhões paga por Eike por intermédio de conta da empresa Golden Rock, no TAG Bank do Panamá. Os valores foram transferidos por meio de um contrato fraudulento de venda de uma mina de ouro.
Foram indiciados ainda o ex-assessor de Cabral, Sérgio Castro de Oliveira, o doleiro Álvaro Novis, o advogado Thiago Aragão, o ex-subsecretário Francisco de Assis Neto e o irmão de Cabral, Maurício Cabral, além da ex-mulher do ex-governador, Susana Neves, a quem a PF atribui o crime de lavagem de dinheiro. No total foram 12 investigados indiciados
Na manhã desta quarta-feira, Eike foi à unidade da PF no centro do Rio para prestar seu segundo depoimento, com o objetivo de explicar contradições entre as declarações dos investigados. Eike deverá permanecer em silêncio, como da outra vez em que foi levado a depor, segundo o advogado que o representa, Fernando Martins.
fonte: Valor Econômico