Na segunda-feira (16), representantes das superintendências de Agricultura e Pecuária, Planejamento, Desenvolvimento Ambiental, da coordenadoria de Defesa Civil e da Procuradoria Geral do município se reuniram na sede da prefeitura para dialogar sobre os prejuízos causados pela falta de chuvas na região. Durante o encontro, ficou definido que as secretarias deverão dispor de informações para a elaboração de um documento com um diagnóstico da estiagem no município, que deverá ser entregue ao prefeito Rafael Diniz para a definição sobre a decretação de situação de Emergência.
Para o superintendente de Agricultura e Pecuária, Nildo Cardoso, não se pode entrar com um pedido de situação de Emergência de forma abrupta. “Estamos interagindo com as entidades do setor e com os órgãos competentes da gestão envolvidos para irmos monitorando a situação e avaliarmos os procedimentos que já estão sendo adotados em relação ao problema, como as intervenções de máquinas nos canais da Baixada, que estão aliviando um pouco os produtores da Baixada, pois os níveis de salinização dos canais estão acima do normal e isso prejudica muito a vida daquelas famílias. Nós estamos realizando ações para minimizar a situação dos produtores rurais e é preciso destacar que não se decreta uma situação de Emergência de uma hora para a outra, é preciso estarmos munidos de todos os dados da estiagem através das secretarias e entidades para entendermos os prós e os contras dessa decretação”, explicou o superintendente de Agricultura e Pecuária, ressaltando que o grupo estará se reunindo na próxima semana novamente.
De acordo com o diretor executivo da Defesa Civil em Campos, major Edison Pessanha, o órgão está trabalhando para consolidar informações a fim de embasar, de forma técnica e jurídica, a decisão do prefeito Rafael Diniz em relação à decretação ou não da situação de Emergência.
“O prefeito pode vir a decretar situação de emergência, mas ele precisa estar a par de todas as informações levantadas por todas as secretarias envolvidas, principalmente, a de Agricultura e Pecuária, de Desenvolvimento Ambiental e a de Saúde, por conta dos atendimentos às crianças e aos idosos com problemas respiratórios em decorrência do clima seco. Independente da decretação ou não, a Defesa Civil irá fazer um FID (Formulário de Informação de Desastre), com todos os dados levantados pelos órgãos envolvidos, e enviar ao Ministério da Integração Nacional para que se tenha ciência da gravidade da situação de Campos e região com a estiagem”, afirmou o major Pessanha.