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Violência doméstica atinge mais de 71 mil mulheres no RJ em 2025

Casos costumam crescer no período das festas de fim de ano

Estado do RJ
Por Redação
31 de dezembro de 2025 - 8h39

Ilustração/Arquivo

O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro registrou 71.762 novos casos de violência doméstica entre janeiro e novembro de 2025. Dados de anos anteriores indicam que as ocorrências tendem a aumentar durante as festas de fim de ano, período marcado por maior convivência familiar e consumo de álcool.

Diante desse cenário, o Judiciário fluminense reforçou as estruturas de acolhimento e atendimento às vítimas para garantir o funcionamento dos serviços essenciais durante o recesso, iniciado em 20 de dezembro e previsto para seguir até 6 de janeiro. Mesmo com equipes reduzidas, o atendimento em regime de plantão permanece ativo para casos urgentes.

Em situações de emergência, a vítima deve acionar a Polícia Militar pelo telefone 190 ou a Central de Atendimento à Mulher, pelo número 180, ambos com funcionamento 24 horas. Também é possível registrar ocorrência nas Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (Deams), pelo telefone 197 da Polícia Civil ou de forma on-line.

De acordo com o Observatório de Violência contra a Mulher da Justiça do Rio, a solicitação de medidas protetivas é recomendada nos casos de agressão física, ameaça, violência sexual, retenção de documentos, dinheiro ou celular, além de outras condutas consideradas abusivas.

Para a coordenadora estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, desembargadora Adriana Ramos de Mello, a atuação do Tribunal durante o recesso reforça que a violência doméstica deve ser enfrentada de forma contínua. Segundo ela, toda mulher tem direito a atendimento imediato e humanizado, ressaltando que esse tipo de violência é uma questão de direitos humanos e de responsabilidade social.

Entre os serviços disponibilizados pelo Tribunal de Justiça estão o aplicativo Maria da Penha Virtual, que permite a solicitação de medidas protetivas de urgência pelo celular; a Central Judiciária de Abrigamento Provisório (Cejuvida), responsável pelo acolhimento e encaminhamento para abrigos sigilosos; e o Projeto Violeta, voltado à proteção de mulheres em situação de risco à vida ou à integridade física.

Fonte: Agência Brasil