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Desembargador federal preso era “irmão de vida” para Bacellar

Macário Júdice Neto foi preso suspeito de ajudar Bacellar a vazar operação que prendeu TH Joias

Geral
Por Redação
16 de dezembro de 2025 - 19h16
Foto: Reprodução

A relação de intimidade entre o presidente da Alerj afastado, Rodrigo Bacellar, e o desembargador federal preso nesta terça-feira (16), Macário Ramos Júdice Neto, chamou atenção da Polícia Federal (PF) durante as investigações que motivaram a deflagração da Operação Unha e Carne 2. A PF encontrou várias conversas entre os dois, em um dos aprelhos celulares apreendidos no carro oficial que era usado por Bacellar quando ele foi preso.

O relatório da PF aponta para uma relação de afeto e carinho entre o político campista e o desembargador do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2).

Em uma das conversas, dois meses atrás, Macário envia “Te amo” a Bacellar. O deputado responde de volta com “Deus te abençoe irmão. Sou teu fã”. Já em um diálogo no mês passado, Bacellar diz, “Vc é irmão de vida… Vc eu levo pro caixão meu irmão nunca duvide disso”. Em seguida, Macário agradece e diz, “Obg pela confiança”.

Macário Júdice Neto foi preso suspeito de ter ajudado Bacellar a vazar para TH Joias a operação que prendeu o então deputado estadual. Registra desde logo, que Sua Excelência o Ministro Alexandre de Moraes foi induzido a erro ao determinar a medida extrema. Ressalta, ainda, que não foi disponibilizada cópia da decisão que decretou sua prisão, obstando o pleno exercício do contraditório e da ampla defesa. A defesa apresentará os devidos esclarecimentos nos autos e requererá a sua imediata soltura”, disse em nota a defesa de Macário.

Passado de Macário

O desembargador federal era o próprio relator do caso. Macário já ficou 18 anos afastado do cargo, após o Superior Tribunal de Justiça abriu um processo criminal contra ele para apurar participação em um esquema de fraudes em sentenças judiciais.

Pouco mais de 10 anos depois, o plenário do TRF-2 decretou a aposentadoria compulsória de Macário, acusado de envolvimento na máfia dos caça-níqueis no Espírito Santo. A decisão, no entanto, acabou revogada pelo Conselho Nacional de Justiça.

Com informações do G1