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Royalties do petróleo: Campos recebe repasse de R$46,5 milhões

Maricá segue na liderança entre os municípios com maior fatia dos repasses, totalizando R$ 117,1 milhões, avanço de 3,6%.

Economia
Por Redação
25 de setembro de 2025 - 8h21

Foto Ilustrativa/Arquivo

Os municípios produtores de petróleo da Bacia de Campos receberam nesta quinta-feira (25) os repasses de royalties referentes a setembro. Ao todo, foram distribuídos valores que refletem a produção nacional recorde de petróleo e gás, que ultrapassou 5,1 milhões de barris/dia em junho.

Campos dos Goytacazes foi um dos maiores beneficiados, com R$ 46,5 milhões, alta de 10,1% em relação a agosto. Macaé também registrou aumento de arrecadação, recebendo R$ 78,1 milhões, crescimento de 6,4%. Já Maricá segue na liderança entre os municípios com maior fatia dos repasses, totalizando R$ 117,1 milhões, avanço de 3,6%.

Na Região dos Lagos, Cabo Frio contabilizou R$ 21,3 milhões, praticamente estável, com alta de 0,3%, enquanto Saquarema recebeu R$ 36,1 milhões, incremento de 6,4%.

No Norte Fluminense, São João da Barra somou R$ 16,1 milhões, com aumento de 3,3%. Já São Francisco de Itabapoana foi o único da região a registrar queda, com repasse de R$ 3,8 milhões, redução de 7,3% em relação ao mês anterior.

Os números reforçam a relevância dos royalties para a economia regional, mas especialistas alertam para a necessidade de equilíbrio fiscal, já que a oscilação dos preços do petróleo e variações na produção impactam diretamente os cofres municipais.

Reprodução

Análise sobre repasses

O superintendente de Petróleo, Gás e Tecnologia de São João da Barra, Wellington Abreu, destacou que os resultados refletem um momento histórico para a indústria do petróleo. “Em junho, a produção nacional ultrapassou pela primeira vez a marca de 5 milhões de barris de óleo equivalente por dia, alcançando 5,156 milhões de boed, crescimento de 5,28% em relação a maio”, afirmou.

Segundo ele, a alta produtividade dos campos do pré-sal na Bacia de Santos impulsionou os repasses, mas áreas estratégicas do Norte Fluminense, como Roncador — que se mantém entre os dez maiores produtores do país mesmo operando no pós-sal —, além do complexo de Marlim e Jubarte, também foram determinantes. Municípios do Espírito Santo igualmente sentiram os efeitos positivos.

Wellington Abreu (Arquivo)

Por outro lado, Paraty e Cabo Frio registraram queda nos repasses devido à paralisação da plataforma do campo de Peregrino. Abreu ressaltou que, apesar da produção recorde, os valores de 2025 ainda estão abaixo dos repasses de 2024, o que pressiona as finanças locais. “É preciso garantir equilíbrio das contas públicas para que os serviços essenciais não sofram prejuízos”, alertou.

Ele acrescentou que o futuro da região passa por diversificação econômica, citando o Complexo Portuário do Açu como vetor estratégico da transição energética. Projetos em hidrogênio e amônia verdes, além do desenvolvimento do combustível sustentável de aviação (SAF) a partir da cana-de-açúcar, são apontados como caminhos para consolidar novas frentes de crescimento no Norte Fluminense e no estado do Rio de Janeiro.