A Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seap) admitiu na quarta-feira (24) falhas em relatórios de monitoramento na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar no condomínio Solar de Brasília. Segundo o órgão, os erros não afetaram o acompanhamento da medida.
As explicações foram enviadas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que havia solicitado informações sobre duas vistorias realizadas no dia 12 de setembro, um dia após a condenação de Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão pela Corte.
Na vistoria das 13h16, dois seguranças deixaram a casa em um Jeep Compass e foram registrados apenas como “pessoas”, sem identificação nominal. Eles retornaram dez minutos depois acompanhados de um terceiro segurança. Já na vistoria das 16h22, o veículo saiu novamente sem detalhamento dos ocupantes e sem imagens da inspeção.
De acordo com a Seap, a ausência de identificação dos passageiros não comprometeu o objetivo das vistorias, que era verificar os veículos que entravam e saíam da residência. O órgão informou ainda que precisou recorrer à administração do condomínio para obter imagens do circuito interno, já que elas não foram disponibilizadas de imediato.
Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto, por determinação de Moraes, no âmbito do inquérito que apura a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos, na aplicação da Lei Magnitsky e outras sanções do governo norte-americano contra o Brasil.
Fonte: Agência Brasil