Na noite de sexta-feira (13), dia de Santo Antônio, uma festa caipira solidária movimentou Campos, com misto de emoção, generosidade e fé. A Casa Horizonte, instituição que oferece acolhimento a pacientes oncológicos em tratamento no Hospital Dr. Beda, comemorou cinco anos de atividades com uma festa junina beneficente organizada pelos colaboradores do Grupo IMNE. Realizada no pátio da Apape, a festa contou com comidas típicas, quadrilha, música ao vivo, poesias e muita alegria. O prefeito Wladimir e a primeira-dama Tassiana participaram do encontro.
A renda obtida será integralmente revertida para os pacientes do SUS assistidos pela Casa Horizonte e para os pacientes nefrológicos em tratamento de hemodiálise no hospital. O evento teve a presença do prefeito Wladimir Garotinho e da primeira-dama Tassiana Oliveira, convidados para simbolicamente renovarem os votos de casamento durante a quadrilha, como os “noivos” da noite.
A diretora administrativa do Grupo IMNE, Martha Henriques, destacou a importância da festa não apenas como celebração, mas como forma de ampliar a visibilidade do projeto e sensibilizar a sociedade:
“Mais do que uma festa, o que importa é o que ela representa. Para a Casa Horizonte, é uma oportunidade de mostrar nosso trabalho. Para a sociedade, é uma chance de se aproximar de uma iniciativa que atende com dignidade pessoas em situação de vulnerabilidade, especialmente pacientes oncológicos e nefrológicos. Eles precisam de mais do que assistência médica. Precisam de recursos que os ajudem a viver com mais dignidade”, disse.
O clima junino reforçou o espírito de coletividade e esperança. Entre abraços, risadas e bandeirinhas coloridas, o prefeito Wladimir lembrou com carinho os 16 anos de casamento com Tassiana, celebrados simbolicamente durante o evento.
“Participar dessa festa foi uma alegria. Casar com Tassiana quantas vezes for preciso é sempre uma honra. E ainda mais em um evento com esse propósito solidário. Ajudar o próximo é o que realmente importa”, afirmou o prefeito.
Tassiana também ressaltou o caráter solidário da festa. “O mais bonito aqui é ver que as pessoas vêm se divertir e, ao mesmo tempo, contribuem com algo muito sério. A Casa Horizonte precisa dessa arrecadação para continuar ajudando tanta gente. É um gesto de amor”, resumiu.
Simone Xavier, assistente social e coordenadora da Casa Horizonte, comentou sobre o evento. Ela celebrou os cinco anos de trabalho e o impacto direto na vida dos pacientes:
“Estamos muito felizes. São cinco anos de missão cumprida, de vidas transformadas. Ajudamos as pessoas a enfrentarem um momento tão difícil com dignidade. O apoio, o acolhimento e a escuta fazem diferença. E não é só na festa: precisamos da ajuda de todos durante o ano, com doações, alimentos, trabalho voluntário. Muitas vezes, uma palavra amiga é tudo o que o paciente precisa”, contou.
Idealizada a partir de uma experiência inspiradora, a Casa Horizonte nasceu após uma visita dos médicos Diogo Neves e Ronaldo Cavalieri ao Instituto do Câncer de Barretos, no interior de São Paulo.
“Ficamos impressionados com o número de casas de apoio em Barretos. A cidade vive em torno do hospital e percebe-se como o acolhimento é essencial. Quando voltamos, começamos a pensar que aquilo era possível aqui também”, lembrou o médico Diogo Neves, diretor clínico do Grupo IMNE. Ele destacou ainda que o impacto da Casa Horizonte é visível no dia a dia:
“Antes víamos pacientes esperando horas entre uma consulta e outra, sem se alimentar, dormindo na porta do hospital. Isso mudou. Hoje eles têm um lugar para descansar, comer, receber carinho. Mudamos essa realidade”, afirma doutor Diogo.
A festa junina da Casa Horizonte foi mais que uma celebração: foi um abraço coletivo. Para Ronaldo Cavalieri, radio-oncologista e integrante do Instituto do Câncer do Norte Fluminense, o acolhimento emocional é tão importante quanto o tratamento clínico:
“Os pacientes passam por sessões pesadas de quimioterapia e radioterapia. Antes, tinham que voltar para casa, muitas vezes a mais de duas horas de distância. Agora, ficam hospedados a cinco minutos do hospital. Dormem, se alimentam e voltam no dia seguinte mais preparados. Isso ajuda mais do que qualquer aparelho moderno. O afeto também ajuda na cura”, afirmou.
Galeria de imagens
