O Brasil segue ocupando pódios nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. Nesta segunda-feira (2), os atletas brasileiros de atletismo, triatlo, e natação garantiram mais 10 medalhas para o país.
Atletismo
Entre as conquistas desta segunda, o atletismo garantiu mais duas medalhas para o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Paris. O lançador mineiro Claudiney Batista conquistou seu tricampeonato paralímpico no lançamento de disco da classe F56 (que competem sentados). Ele venceu a prova e faturou a medalha de ouro com a marca de 46,86m, novo recorde paralímpico.
A paulista Beth Gomes, uma das porta-bandeiras do Brasil na cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, conquistou a medalha de prata no arremesso de peso das classes F53/F54. Beth, que é da classe F53 (competem em cadeiras de rodas, sequelas de poliomielite, lesões medulares, amputações), disputou um lugar no pódio contra adversárias da F54, com comprometimento físico-motor menor.
Ela bateu o recorde mundial da sua classe ao arremessar o peso em 7,82m – o antigo recorde já era dela, de 7,75m feitos também em Paris, no Mundial de atletismo 2023. A mexicana Gloria Zarza Guadarrama, da classe F54, lançou para 8,06 e ficou com a medalha de ouro. O bronze foi de Nurkhon Kurbanova, do Uzbequistão, também da classe F54, que lançou para 7,75m.
No lançamento de disco da classe F53 (que competem sentados), Beth venceu a prova com a marca de 17,37m, estabelecendo o novo recorde da competição — que era de 15,48m. A japonesa Keiko Onidani, com 15,78m, e a ucraniana Zoia Ovsii, com 14,17m, completaram o pódio
Prata nos Jogos de Tóquio 2020, Vinícius Rodrigues conquistou sua segunda medalha em Paralimpíadas ao faturar o bronze nos 100m na classe T63, para atletas amputados de membros inferiores com próteses. O brasileiro se manteve entre os líderes desde a largada e cruzou a linha de chegada em terceiro lugar, com 12s10, desbancando o atual campeão mundial, o alemão Leon Schaefer, que ficou em quarto lugar. O ouro ficou com o americano Ezra Frech, que fechou em 12s06, e a prata foi para o dinamarquês Daniel Wagner, que fez 12s08.
Triatlo
O paranaense Ronan Cordeiro, de 27 anos, conquistou nesta segunda-feira, 2, a medalha de prata no triatlo na classe PTS5 (comprometimento físico-motor). Ele completou a prova, que envolve natação, atletismo e ciclismo, em 59min01. É a primeira medalha do Brasil nessa modalidade na história dos Jogos Paralímpicos.
O ouro foi para o estadunidense Chris Hammer (58min44), e o bronze para o alemão Martin Schulz (59min19).
Ronan tem má-formação congênita na mão esquerda e começou a competir no triatlo em 2018. Antes, competia pela natação, de 2012 a 2018. Ele vinha de bons resultados no ciclo, como a conquista da medalha de ouro do World Series de triatlo, disputado em Swansea, no País de Gales, em 22 de junho de 2024.
Natação
A nadadora pernambucana Carol Santiago se tornou a mulher brasileira com mais ouros na história dos Jogos Paralímpicos. Ela faturou a prova dos 50m livre S13, destinada a atletas com deficiência visual, com o tempo de 26s75 e chegou à sua 2ª medalha dourada em Paris e cinco na história, uma a mais que Ádria Santos, que tem quatro.
Carol Santiago é dona do recorde paralímpico (26s71) e mundial (26s61) da prova na classe S12 da natação. A nadadora tem agora sete medalhas em Jogos Paralímpicos, sendo cinco ouros, uma prata e um bronze.
Carol Santiago ganhou o ouro nos 100m costas S12, no dia 31, e ainda luta por mais três medalhas em provas individuais nos 200m medley S13 no dia 3, 100m livre S12 no dia 4 e 100m peito SB12 no dia 5. Além disso, ela tenta a medalha por equipe no revezamento 4x10m livre misto – 49 pontos, no dia 4.
O nadador mineiro Gabriel Araújo, 22, o Gabrielzinho, venceu a prova dos 200m livre, da classe S2 (limitações físico-motoras), e alcançou a sua terceira medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos. Ele terminou a prova com o tempo de 3min58s92. Vladimir Danilenko (Atletas de Países Neutros) ficou com a medalha de prata, com o tempo de 4min14s16, e o chileno Alberto Caroly Abarza Diaz completou o pódio (4min22s18). O brasileiro marcou o recorde das Américas com o tempo.
Porta-bandeiras da delegação brasileira, Gabrielzinho já havia vencido as provas dos 100m e dos 50m costas, também da classe S2. Além disso, ele quebrou o próprio recorde mundial na prova dos 150m medley (S1, S2 e S3). Por se tratar de uma prova multiclasses, Gabrielzinho competiu com atletas com graus diferentes de comprometimento físico-motor e terminou em quarto.
As irmãs gêmeas Debora e Beatriz Carneiro bateram quase juntas na borda para a conquista das medalhas de prata e bronze nos 100m peito da classe SB 14, para atletas com deficiência intelectual, nas Paralimpíadas de Paris. Debora completou a prova com o tempo de 1min16s02, enquanto Bia anotou 1min16s42. O ouro foi para britânica Louise Fides com 1min15s47. A conquista das duas veio no dia do aniversário do pai delas, Eraldo.
*Com informações do GE e Comitê Paralímpico Brasileiro