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Jogos vorazes

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Opinião
Por Redação
28 de julho de 2024 - 0h05
Foto: Silvana Rust

Não é preciso, nos dias atuais, ter um revólver engatilhado na sua cabeça para entregar seu dinheiro. Dizem que o mais letal dos jogos de apostas é a chamada roleta russa: um revólver de tambor com seis balas, onde apenas uma é colocada, e os jogadores giram e puxam o gatilho contra a própria cabeça. Apostam a vida.

Sem a roleta russa, a sociedade respirou melhor, pois a civilidade parecia estar mais viva. Porém, nos dias de hoje, tempos modernos, em frente às telas de um celular ou de um computador, jogos eletrônicos fazem disparar o gatilho do vício e as pessoas estão perdendo dinheiro compulsivamente.

Apesar de ainda ilegais, alguns desses jogos são reconhecidos e começam a ser até tributados. As plataformas, verdadeiros cassinos on-line, estão espalhadas por todo o mundo, levando o dinheiro das pessoas, cujo gatilho do vício disparou sem precisar usar nenhuma arma.

Reportagem do J3News mostra em Campos os efeitos destes jogos que destroem a vida financeira das pessoas, comprometendo seu patrimônio. Muitas delas se socorrem aos psicólogos para tentar se livrar do vício. Tudo isso, que compromete a saúde financeira dos jogadores, já está sendo considerado problema de saúde pública.

Em Campos alguns desses jogadores, em fase adicta, revelam que quase perderam suas casas e apartamentos. Isso definitivamente não é entretenimento. É um assunto que merece, diante dos fatos, ser mais bem estudado, à luz do bom senso.

Os cassinos proibidos no Brasil estariam prestes a voltar. Mas, nesse caso, de forma física. Entra quem quer e joga quem pode. Na tela do celular ou no computador, todos acabam sendo presas fáceis.

Existe uma máxima no vocabulário da jogatinha de que a banca nunca perde. Dizem que é impossível alguém sair milionário de um cassino, exceto se quando entrou já fosse bilionário.