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Colorido com mais verde e amarelo é destaque na Parada LGBT+ em São Paulo

Evento deste domingo (2) na Avenida Paulista conta com shows de Pabllo Vittar, Glória Groove e Filipe Catto para milhares de manifestantes

Comportamento
Por Redação
2 de junho de 2024 - 14h24

Participantes da Parada Orgulho LGBT+ em São Paulo adotam as cores verde e amarelo (Reprodução CET-SP/G1)

A 28ª Parada do Orgulho LGBT+ reúne milhares de pessoas pela Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (2). O evento conta com mais de 16 trios elétricos e terá ao longo da programação shows de Pabllo Vittar, Glória Groove e Filipe Catto.

O tema deste ano é “Basta de Negligência e Retrocesso Legislativo – Vote Consciente por direitos da população LGBT+”. Segundo os organizadores, a proposta é incentivar discussões sobre a necessidade de contar com representantes que acolham demandas da população LGBTQIAPN+.

Como houve “dress code” definido pela organização para o público ir com roupas nas cores da bandeira do Brasil, em verde e amarelo, e também nos tons do arco-íris, muitos já apareceram na avenida com fantasias nessas cores por volta das 10h30.

Segundo os organizadores, o objetivo é incentivar “a retomada dos nossos símbolos”, em referência às cores da bandeira brasileira. Nos últimos anos, as cores verde e amarelo e as camisetas da seleção brasileira ficaram associadas aos atos contra a esquerda e em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Aqueles com figurinos mais elaborados passaram a ser abordados para tirar fotos. Ambulantes já estavam a postos também com fantasias coloridas durante a concentração.

A pediatra Bianca Dray, de 52 anos, é de Paraty (RJ) e conta que é a primeira vez que participa da parada para acompanhar o filho Gustavo. “Eu tenho muito orgulho do meu filho e quero celebrar com ele”, afirmou ao g1.

Um grupo de mulheres, parte de um movimento que incentiva o motociclismo feminino, decidiu marcar presença no evento com cartazes que trazem a frase “abraço de mãe”.

“É a primeira vez que viemos como movimento. É para levar amor mesmo, para quem não tem esse carinho, que está no processo de aceitação”, diz Virginia Siqueira, 52, nutricionista.

Durante as primeiras horas do evento, a maioria dos discursos nos trios elétricos focou na importância do voto e sobre direitos.

“A gente é da All Out, uma ONG pelos direitos da comunidade LGBT+, e a gente trabalha fazendo campanha de mobilização e de pressão para aprovar ou barrar um projeto de lei. Estamos aqui para colher um pouco do que a galeria gostaria de ter nesse momento de interação. Com as eleições ainda, a gente acha que é um bom momento pra fazer isso”, diz Ana Clara Toledo, uma das responsáveis pela ação.

Pela primeira vez desde 1997, a Parada está com um trajeto diferente por causa das obras na Paulista. Por isso, os trios estão percorrendo o lado ímpar da avenida, com o público sendo orientado a entrar no evento pelas ruas Haddock Lobo e Bela Cintra.

Cerca de 1,4 mil policiais reforçam a segurança no evento. Para coibir furtos de celulares e outros crimes, alguns agentes vão circular à paisana em meio à multidão, como ocorreu no Carnaval.

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) também desenvolveu um esquema especial para monitorar a festa. Na semana passada, agentes iniciaram o monitoramento de redes sociais para identificar grupo ou organização destinado à prática de crimes.

Confira os destaques da programação deste ano:

Trio Amstel, com Glória Groove
Trio Burger King, com Banda UÓ
Trio Loreal Brasil, com Sandra de Sá e Ludmillah Anjos
Trio Terra, com Tiago Abravanel, Filipe Catto e Minhoqueens
Trio Vivo, com Pabllo Vittar

Com informações do Portal G1