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Inea descarta contaminação de água onde peixes apareceram mortos no rio Paraíba do Sul

Nesta sexta, mais exemplares de peixes chegarão para análise na Uenf

Geral
Por Redação
23 de junho de 2023 - 15h04
Fonte: Reprodução vídeo

Segue sem conclusão a investigação sobre os peixes da espécie Salminus brasiliensis, mais conhecida como dourado, encontrados mortos no rio Paraíba do Sul por pescadores e moradores, em São Fidélis, há cerca de 10 dias. Nesta sexta-feira (23), o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informou que testes realizados na água não mostraram nenhum tipo de contaminante e a tese de morte por envenenamento está descartada neste momento. Também nesta sexta, a Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) informou que receberá novos exemplares para análise.

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informou que tem feito monitoramento da qualidade da água dos trechos do rio Paraíba do Sul onde ocorreram as mortes de peixes, desde o início da ocorrência. “Até o momento, não foi detectada nenhuma alteração que pudesse ser considerada como causa da morte dos peixes”, alegou.

O Inea destacou, ainda, que tem buscado parcerias com outras instituições de modo que a concessionária Rio+Saneamento coletou amostras d’água em pontos de São Fidélis para análise em laboratório. “Além disso, o Inea destaca que pelas ocorrências de morte de apenas uma espécie, a teoria de que a morte dos animais seja causada por veneno, por hora, está descartada. A Universidade Estadual do Norte Fluminense coletou alguns exemplares mortos para análise em laboratório”, acrescentou.

No início da semana, o Laboratório de Zootecnia e Nutrição Animal da Uenf havia recebido um exemplar para análise, mas o pesquisador Eulógio Carvalho, especialista em patologia animal, informou que ele estava em estágio de decomposição avançado, o que impossibilitou a realização dos exames. Nesta sexta, mais peixes chegarão para análise.

Caso é considerado atípico por pesquisadores, pois até o momento, apenas uma espécie está sendo afetada. Segundo o professor e pesquisador Manuel Vazquez Vidal Júnior, do Laboratório de Zootecnia e Nutrição Animal, existem espécies mais sensíveis na calha do rio Paraíba, mas, até o momento, apenas os dourados foram encontrados mortos. “A suspeita é que possa ser uma doença específica da espécie ou que, como se trata de um grande carnívoro, eles possam estar comendo peixes com baixa intoxicação, que acabam se acumulando neles”, informou.

A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Ambiental de São Fidélis, juntamente com a Secretaria Municipal de Agricultura e Pesca, informaram que estão acompanhando o caso dos peixes da espécie dourado encontrados mortos no Rio Paraíba do Sul, em conjunto com a Colônia de Pescadores de São Fidélis. “Até o momento, apenas peixes da espécie dourado foram encontrados mortos, enquanto outras espécies não foram afetadas, o que levanta questionamentos que serão esclarecidos por meio de análises mais aprofundadas”, disse.

A Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (FIPERJ), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento, emitiu nota informando que está acompanhando com atenção, através dos seus Escritórios Regionais, o aparecimento de peixes mortos na calha do Rio Paraíba do Sul. “A FIPERJ está em constante diálogo com as instituições acadêmicas, de pesquisa, extensão e ambientais, para que possamos somar esforços e descobrir a causa dessa mortalidade atípica”.