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Reitor do IFF explica a questão do bloqueio dos recursos federais pelo Ministério da Educação

Instituto Federal Fluminense conta com 12 campi no Norte, Noroeste, Lagos e parte da região Metropolitana do Estado

Geral
Por Redação
7 de outubro de 2022 - 20h09

O Estado do Rio de Janeiro conta com quatro autarquias da Educação Profissional, Científica e Tecnológica: IFF, IFRJ, CETE-EJ e Colégio Pedro II. Nesta sexta-feira (07), após anúncio do recuo no bloqueio de recursos da Capes e das universidades, institutos e colégios federais, Jefferson Manhães de Azevedo, reitor do IFF, que conta com 12 campi no Norte, Noroeste, Lagos e parte da região Metropolitana do Estado, explicou como essas instituições seriam afetadas.

Jefferson explicou que o valor de custeio do IFF, previsto para este ano era de R$ 58,1 milhões. Já no início do ano foi anunciado um bloqueio de 14% no orçamento da instituição e, com parte destes recursos cortados definitivamente, houve diminuição de, aproximadamente, R$ 4,6 milhões do orçamento. Caso, além do corte inicial, o bloqueio prosseguisse, inevitavelmente haveria reflexo nos trabalhos da instituição.

“Agora, o governo faz o anúncio de um novo bloqueio de 5,8%, o que equivale a aproximadamente R$ 3,1 milhões. Se esse valor não fosse desbloqueado, como o Ministro da Educação acabou de anunciar nesta tarde (6), o IFF teria R$ 7,7 milhões a menos em seu orçamento anual. Algo que traria sérios prejuízos às ações administrativas e educacionais, prejudicando diretamente os nossos estudantes. Ressalta-se, ainda, que o orçamento de funcionamento institucional já era 15% menor do que o de 2019, sem considerar a inflação. Como o número de alunos vem crescendo a cada ano, o orçamento por aluno de 2022 é aproximadamente 40% menor do que o de 2015”, explicou.

Ainda de acordo com o reitor, os recentes cortes no orçamento dos Institutos Federais já ocasionam diminuição de atividades. “Nesse cenário de “desfinanciamento” da educação pública federal, adotado nos últimos anos, houve uma impositiva diminuição de atividades educacionais e administrativas na instituição para “caber” em um contexto orçamentário sempre menor a cada ano, o que se agravaria muito se não houvesse a reversão do último bloqueio orçamentário anunciado”, finalizou.

Por meio de vídeo publicado nas redes sociais nesta sexta-feira (07), o ministro da Educação Victor Godoy divulgou o desbloqueio dos recursos das universidades, institutos federais e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) (veja mais).

Do valor bloqueado, R$ 328 milhões sairiam das universidades federais e outros R$ 147 milhões dos institutos federais.