×
Copyright 2024 - Desenvolvido por Hesea Tecnologia e Sistemas

Sindicato cobra do governo adicional de 100% em pensão por morte de policiais civis

Benefício previsto em lei desde 2022 ainda depende de regulamentação

Estado do RJ
Por Redação
3 de novembro de 2025 - 9h05

Policiais civis do Rio de Janeiro em ação na cidade (Reprodução Agência Brasil)

O Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro (Sindpol-RJ) voltou a cobrar do governo estadual a regulamentação do adicional de 100% sobre os benefícios de pensão por morte de agentes que morrem em serviço. O direito está previsto no artigo 39 da Lei Complementar nº 204/2022, que instituiu a Lei Orgânica da Polícia Civil do Rio, promulgada há mais de três anos, mas ainda não foi implementado por falta de decreto regulamentador.

De acordo com o presidente do Sindpol-RJ, Wagner de Paula, o parágrafo único do artigo determina que a pensão deve ser paga “aos beneficiários com adicional de 100% incidente sobre o valor referente ao benefício de pensão por morte, quando o óbito decorrer do exercício das funções”. O dirigente reiterou o pedido em postagem nas redes sociais e por meio de ofício encaminhado ao secretário estadual de Polícia Civil, delegado Felipe Curi.

A cobrança ocorre poucos dias após a megaoperação policial realizada nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio, considerada a mais letal da história do estado, com 121 mortos. Entre as vítimas estavam quatro policiais, sendo dois civis, cujos herdeiros poderiam ter direito ao benefício de forma automática, caso a norma já estivesse regulamentada.

Um dos agentes mortos, Rodrigo Velloso Cabral, de 34 anos, integrava a 39ª Delegacia de Polícia, na Pavuna, e tinha apenas 40 dias de experiência na corporação. O caso reacendeu o debate sobre a valorização e a proteção social dos profissionais da segurança pública fluminense.

Fonte: Agência Brasil