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Saúde de Campos amplia descentralização do atendimento da tuberculose

Objetivo é facilitar o acesso ao diagnóstico e ao tratamento gratuito oferecido pelo SUS

Saúde Pública
Por Redação
8 de setembro de 2025 - 7h15

UBS em Campos (Arquivo)

A Secretaria Municipal de Saúde de Campos, em parceria com a Gerência Estadual de Tuberculose da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ), está reforçando a descentralização do atendimento aos pacientes com tuberculose. O objetivo é facilitar o acesso ao diagnóstico e ao tratamento gratuito oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Atualmente, nove Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF) já oferecem tratamento para a doença: Parque Aldeia, Santa Helena, IPS, Conselheiro Josino, Santa Cruz, Jamil Ábido, Saturnino Braga, Penha e Imperial. Segundo a monitora municipal da Gerência de Tuberculose, Daniella Cavalheire, a meta é expandir o atendimento gradualmente para todas as UBS do município.

“Antes, todos os pacientes eram direcionados ao Centro de Referência Augusto Guimarães, ao lado do Hospital Geral de Guarus. Agora, as pessoas podem procurar a unidade mais próxima de sua residência, o que garante diagnóstico precoce e início imediato do tratamento”, destacou Daniella.

O tratamento da tuberculose dura, em média, seis meses, é totalmente gratuito e deve ser seguido até o fim, mesmo após o desaparecimento dos sintomas. “O abandono é perigoso porque pode gerar resistência bacteriana, aumentando o tempo de tratamento para até um ano, com medicamentos mais fortes e mais efeitos colaterais”, explicou o biólogo Fabrício Moreira, responsável técnico pelo TRM-TB em Campos.

A equipe multiprofissional acompanha os pacientes com suporte médico, psicológico e social. Os especialistas também reforçam que a doença ainda é cercada por mitos. “A tuberculose não é transmitida por objetos como talheres, toalhas ou vasos sanitários, mas pelo ar, por meio da tosse, espirro ou fala de pessoas infectadas”, esclareceu Daniella.

Outro equívoco comum é acreditar que uma gripe mal curada pode evoluir para tuberculose. “A gripe não tem relação com a doença, que é causada por uma bactéria específica, o Mycobacterium tuberculosis. Além do pulmão, ela pode atingir rins, ossos, medula e até o sistema nervoso central”, explicou Fabrício.

Entre os grupos mais vulneráveis estão pessoas em situação de rua, privados de liberdade, povos indígenas, profissionais de saúde e pessoas vivendo com HIV. “A tuberculose tem cura, e o tratamento é garantido pelo SUS. Ao apresentar sintomas suspeitos, procure a unidade de saúde mais próxima”, reforçaram Daniella e Fabrício.