×
Copyright 2024 - Desenvolvido por Hesea Tecnologia e Sistemas

Ataque israelense mata seis jornalistas em Gaza

Exército israelense alegou que um dos correspondentes era um 'terrorista' que 'se fazia passar por jornalista'

Mundo
Por Redação
11 de agosto de 2025 - 9h06
Foto: Eyad Baba

A rede catári al-Jazeera informou que dois correspondentes e três cinegrafistas do canal morreram após um bombardeio israelense neste domingo contra sua tenda na Cidade de Gaza. O exército israelense confirmou que havia realizado um ataque contra Anas al-Sharif, um conhecido correspondente da emissora, a quem classificou como um “terrorista” que “se passava por jornalista”. Ataque israelense mata cinco jornalistas da Al Jazeera em Gaza.

Este é o ataque mais recente contra jornalistas nos 22 meses de guerra na Faixa de Gaza, que já vitimou cerca de 200 profissionais de imprensa, segundo organizações civis. De acordo com o Centro de Proteção a Jornalistas (CPJ), o conflito é o mais letal para a imprensa das últimas décadas, superando a guerra no Iraque.

“O jornalista da al-Jazeera Anas al-Sharif foi assassinado junto com três colegas no que parece ser um ataque israelense direcionado, disse o diretor do hospital al-Shifa na Cidade de Gaza”, informou a rede sediada no Catar.

O comunicador de 28 anos “morreu no domingo depois que uma tenda para jornalistas, localizada na área externa da entrada principal do hospital, foi atingida. O conhecido correspondente da al-Jazeera em árabe fez ampla cobertura a partir do norte de Gaza”, acrescentou o canal.

A al-Jazeera disse posteriormente que cinco de seus funcionários morreram no bombardeio na Cidade de Gaza e identificou os outros como o correspondente Mohammed Qreiqeh e os cinegrafistas Ibrahim Zaher, Mohammed Noufal e Moamen Aliwa.

Segundo jornalistas locais, Noufal era motociclista e ajudava como cinegrafista.

“Recentemente, na Cidade de Gaza, as Forças de Defesa de Israel (IDF) atacaram o terrorista Anas al-Sharif, que se passava por jornalista para o canal al-Jazeera”, afirmou o exército israelense no Telegram.

“Anas al Sharif atuava como chefe de uma célula terrorista da organização terrorista Hamas e era responsável por promover ataques com foguetes contra civis e tropas israelenses”, acrescentou na mensagem.

Com seus relatos diários, al-Sharif era um dos correspondentes mais conhecidos do canal na cobertura da guerra em Gaza.

Fonte: O Globo.