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Israel e Irã voltam a se atacar e aumentam tensão no Oriente Médio

Ofensiva visa enfraquecer capacidade militar iraniana; sirenes de alerta soam em Jerusalém e Tel Aviv

Mundo
Por Redação
15 de junho de 2025 - 15h19

Céu de Tel Aviv em alerta (Reprodução Redes Sociais)

Militares israelenses informaram neste domingo (15) que lançaram uma nova onda de ataques contra dezenas de instalações de mísseis superfície-superfície localizadas no oeste do Irã. A ação, segundo o Exército de Israel, tem como objetivo enfraquecer a capacidade ofensiva do regime iraniano, sem a intenção de promover uma mudança de governo.

De acordo com o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF), os ataques buscam “remover a capacidade deste regime nos aniquilar”. Ainda segundo ele, a operação não tem como meta alterar o regime político do país persa.

A ofensiva começou na madrugada da última sexta-feira (13), com ataques direcionados a Teerã e outras regiões estratégicas do Irã. Alvos incluíram altos oficiais militares, cientistas ligados ao programa nuclear e instalações sensíveis de defesa.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu justificou a escalada dizendo que a ação é uma resposta necessária para impedir o que chamou de “holocausto nuclear”. Ele afirmou ainda que os bombardeios podem, eventualmente, provocar uma mudança de regime no Irã, embora esse não seja o objetivo declarado de Israel.

Desde o início dos ataques, o número de mortos em território israelense subiu para 14, conforme informou neste domingo a Assessoria de Imprensa do governo israelense.

Em Israel, o clima é de apreensão. Sirenes de alerta voltaram a soar em Jerusalém e Tel Aviv, levando moradores a se abrigarem. Ruas ficaram praticamente desertas, com o silêncio sendo interrompido apenas pelo som agudo das sirenes. Imagens captadas no momento mostram o cenário de tensão crescente, com a população em estado de alerta diante da possibilidade de novos ataques retaliatórios.

Presidente do Irã acusa EUA de envolvimento direto em ataques israelenses

O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, acusou neste domingo (15) os Estados Unidos de terem participação direta na ofensiva militar conduzida por Israel contra o território iraniano. A declaração foi publicada pela agência estatal Fars e reforça o clima de tensão crescente no Oriente Médio.

Segundo Pezeshkian, a atuação de Israel não ocorre de forma independente. Ele citou uma suposta afirmação do enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, ao chanceler iraniano Abbas Araghchi: “Israel não pode fazer nada sem nossa permissão”. Para o presidente iraniano, essa frase comprova o apoio explícito de Washington às ações militares israelenses.

“O que estamos testemunhando hoje é feito com o apoio direto dos Estados Unidos, mesmo que tentem ocultar esse envolvimento diante da imprensa internacional”, afirmou Pezeshkian.

Apesar de declarar que o Irã não busca guerra nem deseja provocar conflitos na região, o presidente advertiu que qualquer nova ofensiva será respondida com retaliação “decisiva e severa”.

Fontes ligadas ao governo dos Estados Unidos indicaram à CNN que, durante a gestão de Donald Trump, discussões internas sobre os ataques ocorreram sem críticas ao cronograma das ações. Um funcionário da Casa Branca afirmou que Washington estava ciente dos planos israelenses e dava apoio implícito à operação.

A crise no Oriente Médio, intensificada pelos recentes bombardeios em Teerã e em outras regiões do Irã, deve entrar na pauta da próxima cúpula do G7, segundo informou o chanceler da Alemanha.

Fonte: CNN Brasil