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Morre aos 98 anos o médium Divaldo Franco, referência do espiritismo no Brasil

Líder espírita faleceu em Salvador, após enfrentar um câncer na bexiga; sepultamento está previsto para quinta-feira (15)

Obituário
Por Redação
14 de maio de 2025 - 9h10

Divaldo Franco (Reprodução Liga Espírita)

O médium e líder espírita Divaldo Franco morreu nesta terça-feira (13), aos 98 anos, em Salvador. A causa oficial da morte ainda não foi informada, mas ele lutava contra um câncer na bexiga desde novembro do ano passado e, nesta noite, teve falência múltipla dos órgãos. O óbito foi registrado às 21h45, em sua casa, na sede da Mansão do Caminho, no bairro Pau da Lima, onde recebia cuidados domiciliares. O sepultamento está previsto para quinta-feira (15), às 10h, no Cemitério Bosque da Paz.

Reconhecido como um dos maiores nomes do espiritismo no país, Divaldo dedicou mais de sete décadas à doutrina. Fundador da Mansão do Caminho, entidade que acolhe e educa milhares de crianças e famílias em situação de vulnerabilidade, transformou o espaço em um complexo educacional e social de grande impacto na capital baiana.

A despedida será realizada nesta quarta-feira (14), das 9h às 20h, no ginásio de esportes da própria Mansão, em ato aberto ao público. A pedido do médium, o caixão permanecerá fechado e não haverá cortejo em carro aberto. O sepultamento está previsto para quinta-feira (15), às 10h, no Cemitério Bosque da Paz.

Natural de Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador, Divaldo se notabilizou também como autor de mais de 250 livros — muitos psicografados — e como conferencista internacional, difundindo a mensagem espírita em diversos países. Sua trajetória inspirou uma biografia publicada em 2015, escrita pela jornalista Ana Landi.

Sem filhos biológicos, ele era considerado pai por mais de 685 pessoas que acolheu ao longo dos anos na Mansão do Caminho. Personalidades públicas, como a cantora Ivete Sangalo, prestaram homenagens ao líder espiritual nas redes sociais. “Sua vida dedicada a abrigar, acolher e transformar tantos, sempre com doçura, sabedoria, resiliência e propósito, servirá de exemplo”, escreveu a artista.

Com a partida de Divaldo Franco, o espiritismo no Brasil perde uma de suas vozes mais influentes e carismáticas — o “semeador de estrelas”, como ficou conhecido por sua missão de fé e solidariedade.