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Assistência a pacientes com suspeita ou diagnóstico de Alzheimer é tema de campanha

Em Campos, o Centro de Referência da Doença de Alzheimer e Parkinson (CDAP) se destaca no "Fevereiro Roxo"

Saúde Pública
Por Redação
10 de fevereiro de 2025 - 8h01

(Foto: Prefeitura de Campos)

O mês de fevereiro é marcado pela campanha Fevereiro Roxo, que busca conscientizar a população sobre a Doença de Alzheimer e outras demências, enfatizando a importância do diagnóstico precoce e dos cuidados necessários para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares. Em Campos, o Centro de Referência da Doença de Alzheimer e Parkinson é uma referência no atendimento especializado a essas condições.

A médica geriatra e coordenadora do CDAP, Deborah Casarsa, destaca a necessidade de ampliar as políticas públicas voltadas às doenças demenciais. Para ser atendido na unidade, é necessário um encaminhamento proveniente das unidades de saúde do município, como as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e policlínicas, ou de um médico particular, quando houver queixas relacionadas à memória.

O atendimento no CDAP inicia-se com uma triagem cognitiva, composta por testes específicos de memória e habilidades cognitivas. “Com base nessa avaliação, o paciente é encaminhado para a equipe multidisciplinar”, explica Casarsa. A equipe conta com especialistas como psiquiatras, neurologistas e geriatras, além de fisioterapeutas, fonoaudiólogos e psicólogos, que auxiliam no acompanhamento das necessidades diárias do paciente.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Arquivo

O suporte à família é um aspecto essencial no tratamento. “O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva, que compromete a memória e as habilidades funcionais do paciente. Atividades cotidianas, como escovar os dentes ou atender ao telefone, tornam-se desafiadoras. Quanto maior a compreensão da família sobre a doença, mais eficaz será o cuidado”, enfatiza a coordenadora.

O CDAP também oferece orientação sobre estratégias para lidar com alterações comportamentais comuns, como os episódios de agitação no final da tarde. “Fechar as cortinas antes do entardecer pode minimizar a confusão que ocorre nesse período. Outras abordagens, como a terapia da boneca, também ajudam ao estimular comportamentos de afeto e cuidado”, exemplifica Casarsa.

O tratamento não farmacológico é outro ponto essencial. “Embora as medicações ajudem a retardar a progressão da doença, as intervenções cognitivas são fundamentais. Elas aumentam a reserva cognitiva do paciente e estimulam a neuroplasticidade do cérebro, permitindo uma melhor adaptação à evolução do Alzheimer”, explica a especialista.

O Fevereiro Roxo é, portanto, um chamado à ação. “Identificar precocemente os sinais da doença é essencial para iniciar o tratamento o quanto antes”, conclui a coordenadora do CDAP.

Fonte: Secom/PMCG