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Bruno Pezão é solto em audiência de custódia

O político estava no presídio Carlos Tinoco da Fonseca desde a manhã de quinta-feira

Campos
Por Monique Vasconcelos
20 de setembro de 2024 - 11h24
Foto: Reprodução

Preso por lavagem de dinheiro, o vereador Bruno Pezão (PP) foi solto na manhã desta sexta-feira (20), após a audiência de custódia e está sendo liberado do presídio Carlos Tinoco da Fonseca onde estava desde a manhã de quinta-feira (19).

O juiz Samuel de Lêmos Pereira concedeu liberdade provisória ao parlamentar e estipulou o prazo de 24 horas para o recolhimento de fiança no valor de R$ 90 mil. Em caso de descumprimento, será expedido novo mandado de prisão.

O magistrado também determinou que Pezão não poderá se ausentar do município no prazo superior a 15 dias, sem autorização judicial, devendo ainda manter seu endereço atualizado e comparecer a todos os atos do processo. O juiz Samuel Pereira ainda proibiu o vereador de se aproximar e fazer contato, por qualquer meio, com qualquer outro investigado da Operação “Pleito Mortal”.

Entenda o caso

Durante a operação Pleito Mortal, para cumprimento de oito mandados de busca e apreensão em Campos dos Goytacazes, agentes da 134ª Delegacia de Polícia, com o apoio da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) realizaram a prisão em flagrante do vereador Bruno Pezão (PP), nessa quarta-feira (18).

Em coletiva de imprensa a delegada titular da 134ª DP, Carla Tavares, e a chefe do Departamento de Polícia de Área (DPA) do Estado do Rio de Janeiro, Natália Patrão, informaram que foram apreendidos mais de 1 milhão de reais no apartamento onde o vereador mora, na Pelinca, e em uma residência em São Sebastião.

De acordo com a delegada Carla Tavares, em consequência do cumprimento dos mandados de busca e apreensão foram localizados mais de 600 mil reais em espécie que geraram o flagrante. “Com base em informações iniciais temos conhecimento de inúmeras extorções que vinham sendo praticadas ma Baixada Campista”.

Além do cumprimento dos mandatos em Campos, ainda na manhã de quarta-feira (18), foram feitas buscas na cela do traficante Ricardinho, na penitenciária de Bangu, no Rio de Janeiro onde foram encontrados alguns celulares. O traficante aparece realizando uma videoconferência com o vereador e outros agentes políticos, durante uma reunião realizada no dia anterior à morte de um cabo eleitoral na Baixada Campista. O crime deu origem à operação “Pleito Mortal”, realizada pelo GAECO/Ministério Público e 134ªDelegacia de Polícia Civil, que investiga a morte de Aparecido Oliveira de Morais, assassinado no último dia 19 de julho, onde, supostamente, Pezão teria envolvimento.

“A gente interpreta esse vídeo e essa conduta do vereador Bruno Pezão como uma audácia. Realizando uma reunião política, fazendo uma videoconferência com o suposto chefe de tráfico de drogas de dentro da cadeia e projetando a imagem dele no telão, com a comunidade. É, sem dúvida, um escândalo sem precedentes, desafia todas as normas de conduta política, ilegal, mas também expõem de maneira flagrante a convivência entre a política e o tráfico de drogas”, afirma a chefe do 6º DPA, Natália Patrão.

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