Mais de 154 novas cidades serão incorporadas à campanha de vacinação contra a dengue, operada pelo SUS, com o objetivo de proteger crianças e adolescentes com idades entre 10 e 14 anos. Essas cidades se juntam às mais de 500 já contempladas na fase inicial da imunização, que teve início em fevereiro. No Estado do Rio de Janeiro, apenas as cidades da região metropolitana vão receber as doses, como Nova Iguaçu, Duque de Caxias e Magé.
O Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira (28), a relação completa das novas localidades que receberão a vacina. Essas cidades estão distribuídas em 11 Regiões de Saúde, agrupamentos de municípios fronteiriços que compartilham redes de comunicação e infraestrutura de transportes. O propósito dessas regiões é promover a integração na organização, planejamento e execução de ações e serviços de saúde.
Redistribuição de doses
De acordo com o ministério, existem 668 mil doses com vencimento para 30 de abril, 523 mil para junho e 84 mil para julho. Para evitar o desperdício dessas doses, o órgão decidiu redistribuir os imunizantes.
“Não podemos permitir que essas doses expirem. Portanto, o Ministério propôs uma solução: redistribuir as doses dentro das unidades federativas, ou seja, entre os estados, para os municípios que ainda não foram contemplados”, afirmou Éder Gatti, diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunização (DPNI).
O processo de realocação das doses prestes a vencer para os municípios dentro dos próprios estados foi descrito em uma nota técnica do ministério.
Novas doses da Qdenga
Além dessas doses, o ministério recebeu uma nova remessa de 930 mil doses da vacina Qdenga, que começará a ser distribuída em abril. Segundo Éder Gatti, “A redistribuição das doses começa a partir da nota técnica que será publicada hoje. A gente espera que até semana que vem comece a vacinação, mas não dá para precisar por conta dos desafios logísticos de cada local”, informou.
Mais de 2 milhões de casos
O país já registrou mais de 2 milhões de casos de dengue em 2024, o maior número registrado em toda a série histórica, que é feita desde 2000. O recorde anterior da doença havia sido batido em 2015, quando foram contabilizados 1.688.688 casos.
Com informações do G1
