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Interditada desde 2022, rua Carlos Lacerda, no Centro de Campos, tem trânsito liberado

Perda de patrimônio histórico é lamentado por campistas

Geral
Por Nelson Nuffer (Estagiário)
12 de março de 2024 - 10h25
Foto: Nelson Nuffer

Com a conclusão da demolição do Hotel Flávio, o trânsito de veículos no trecho da rua Carlos Lacerda, onde o prédio ficava situado, foi liberado na manhã desta terça-feira (12). A rua Carlos desde novembro de 2022 pela Defesa Civil, por conta do risco de desabamento do prédio histórico.

Com laudos da Defesa Civil e da Secretaria de Obras, a demolição da fachada foi iniciada em 12 de fevereiro deste ano e tinha previsão de término do trabalho e liberação da pista em 10 dias úteis. O atraso, de acordo com a Prefeitura, foi por conta da retirada manual dos blocos para não afetar prédios próximos e pelas condições do tempo, e o custo da obra será colocado em dívida ativa, em nome dos proprietários do imóvel, como prevê a lei, de acordo com o município.

Com quatro pavimentos, o Hotel Flávio pertenceu aos familiares do Visconde de Araruama. No século XIX, serviu de moradia ao Barão de Itaoca, último presidente da Câmara antes da proclamação da República de 15 de novembro de 1889. O imóvel foi adquirido por Flávio Fernandes Medina, que transferiu o hotel de mesmo nome (Hotel Flávio), até então localizado na Av. XV de Novembro, para o palacete.

O telhado do imóvel já havia desabado em 2018, causando o fechamento de lojas próximas por questões de segurança. Em novembro de 2022, um incêndio de grandes proporções atingiu o prédio, consumindo toda a parte interna do hotel.

Em fevereiro, Graziela Escocard, historiadora e coordenadora do Museu Histórico de Campos dos Goytacazes, comentou sobre a demolição do prédio histórico durante o feriado de carnaval. “A escolha da data para essa demolição no carnaval pegou todos de surpresa. Agora, realmente o Copam, pelo que eu entendi, não aprovou essa ação. Até onde eu entendi o Copam tinha recomendado dar uso pra esse espaço, que fosse restaurado pela proprietária, mas eu acho que infelizmente a proprietária conseguiu o que ela queria. O prédio foi ao chão”, afirma.