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A Lagoa de Cima para baixo

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Opinião
Por Editorial
8 de outubro de 2023 - 0h03
Foto: Ocinei Trindade

A área urbana de Campos está a 20 quilômetros do paraíso, leia-se Lagoa de Cima, cuja paisagem se assemelha aos lagos suíços. Lembrando a música que diz “estou a dois passos do paraíso” o J3News resolveu dar uma blitz para mostrar que ocupações irregulares e outros descasos, formam um elenco de pecados que não deveriam ter sido cometidos.
Patrimônio ambiental e turístico do município, a Lagoa de Cima é abastecida pelos rios Urubu, Imbé e por três córregos, possuindo 18 quilômetros de circunferência. Tem status, e é, Área de Proteção Ambiental (APA). Deveria ser tratada como tal, mas não é o que está acontecendo, nem no aspecto turístico e nem na preservação do seu precioso manancial de água doce.
Um combo de pecados no paraíso na forma de construções irregulares, ocupação da faixa de areia, aterros, contaminação de solo e água, lixo e estradas ruins em um rosário de problemas que deveriam resultar em penitências. O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) diz que cabe ao Município fiscalizar e combater as irregularidades.
É preciso compreender que este tesouro tem dois valores ímpares que formam um par perfeito: turismo e meio ambiente. Colocando um em cada parte da balança é preciso encontrar o equilíbrio exato, porque o excesso de uma das partes pode comprometer a outra.
Nos últimos tempos, a Lagoa de Cima em suas duas margens tem sido área preferencial de lazer, principalmente no verão. Isso resultou em um mercado imobiliário desorganizado, divorciado das regras ambientais e aí está a raiz do problema.
A música da lendária banda pop Blitz diz “estou a dois passos do paraíso e não sei se vou voltar”. Ainda há tempo para afogar esses pecados e não ter que dizer “bye, bye, baby, bye, bye”.