×
Copyright 2024 - Desenvolvido por Hesea Tecnologia e Sistemas

Mais de 20 milhões de pessoas sofrem algum tipo de arritmia

Doença é uma das principais causas de morte súbita em todo o mundo

Saúde
Por Julia Alves (Estagiária)
3 de julho de 2023 - 0h01

A arritmia cardíaca atinge mais de 20 milhões de brasileiros e é responsável por mais de 320 mil mortes súbitas todos os ano no Brasil, segundo dados da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac). Mesmo com um número elevado de casos, ainda há muita desinformação em relação à doença. Elas são definidas como alterações na frequência e/ou ritmo do coração, devido ao fato de os impulsos elétricos do coração não estarem funcionando adequadamente.

A médica arritmologista, Anny Azevedo, explica os tipos de arritmia. “Existem diversos tipos de distúrbio do ritmo que podem se manifestar tanto com ritmos acelerados e/ou “descompassados”, as taquicardias, quanto com batimentos mais alentecidos, que chamamos de bradicardia. Dentro desses dois grupos, existe uma variedade de arritmias que se diferem de acordo com a localização de onde surgem no coração, com a presença de alguma doença cardíaca prévia e o risco potencial de morte súbita. Ou seja, existem arritmias benignas, que apesar de gerar desconforto, não agregam risco de morte causada por elas, e arritmias malignas, que devem ser diagnosticadas e tratadas o quanto antes a fim de evitar um desfecho trágico.”

Entre as causas da arritmia estão: certas medicações, excesso de álcool e fumo, cafeína, drogas, baixo teor de oxigênio no sangue e estresse, além dos fatores de risco e não modificáveis. Os fatores de risco são diabetes, hipertensão arterial, colesterol, obesidade, falta de atividade física, fumo e outros. “Essas comorbidades agregam risco, diretamente ou não, para a ocorrência das arritmias. Além disso, os idosos estão mais sujeitos a processos degenerativos que também acometem o sistema elétrico do coração e podem gerar distúrbios do ritmo cardíaco”, explica a médica arritmologista.

Já os fatores não modificáveis são história familiar, caso algum familiar de primeiro grau já tenha tido episódio de doença ateroesclerótica cardíaca, e sexo, os homens têm uma maior propensão a um infarto antes dos 55 anos, após, o risco é similar. “As arritmias podem acometer qualquer pessoa, independente da faixa etária. Até mesmo recém-nascidos. Entretanto, a incidência aumenta com a idade pelo fato da maior existência de doenças relacionadas que são fatores de risco”, informa.

A arritimologista reforça ainda a necessidade de atenção para alguns sintomas, “a presença de desmaios, principalmente se forem precedidos de palpitações ou ocorridos durante um esforço físico devem chamar atenção para a possibilidade de uma arritmia maligna, sendo recomendada uma avaliação especializada com urgência, bem como aqueles indivíduos com história de doença ou cirurgia cardíaca prévia. É importante ressaltar também que a existência de uma história familiar prévia de morte súbita, principalmente em indivíduos jovens, é considerada um grande sinal de alerta para a existência de arritmias de caráter genético, sendo fundamental a avaliação dos parentes de primeiro grau, mesmo que assintomáticos,” orienta Anny.

Os sintomas variam entre eles estão palpitações no peito, suor frio, tontura, dor no peito, falta de ar e desmaios. A especialista aponta que a melhor forma de prevenção é evitando estresse, álcool, drogas e adotar hábitos saudáveis no dia a dia.