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A dengue que mata

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Opinião
Por Editorial
26 de fevereiro de 2023 - 0h01
CRDPC (Foto Silvana Rus)

Há cerca de 40 anos, quando a dengue voltou a preocupar as autoridades de saúde do Brasil (segundo a Fiocruz, a primeira epidemia documentada foi em 1981/1892), a doença ainda era tratada na semântica da palavra que a define, ou seja, uma coisa dengosa, que deixa a pessoa em estado de apatia, até que ela começou a matar em sua versão hemorrágica.

Resultado da proliferação do mosquito vetor, — o Aedes aegypti —, o que ocorre sempre no verão, principalmente nos mais chuvosos, a dengue já registra 344 casos, uma morte e outra morte suspeita, cuja causa está sendo investigada em exames laboratoriais. O número de casos da doença pode ser ainda maior por causa da chamada subnotificação.

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A doença em suas formas clássica e hemorrágica impõe maior risco aos idosos, mas todos estão expostos. A proliferação do mosquito transmissor da dengue aumentou em Campos nos primeiros dois meses deste ano, conforme o primeiro Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) apontando infestação predial de 5.2%, o que significa alto risco.

Em Campos funciona um Centro de Referência da Dengue, onde são realizados testes e também atendimento aos pacientes com hidratação nos casos mais leves e internação dos mais agudos.

Campos capacita o seu segmento de saúde para combater a doença. No entanto, ainda falta conscientização das pessoas, pois combater a proliferação do mosquito transmissor não é uma tarefa tão difícil, se cada um cuidar do espaço que habita e de seus centros de convivência. Todos já sabem que a dengue mata. Ainda estamos sob o risco de uma das maiores epidemias da história da humanidade – a da Covid. Não é possível que uma doença tão antiga como a dengue, que já foi erradicada juntamente com a febre amarela, volte como está acontecendo.

A Prefeitura faz sua parte, com mutirões de limpeza e visitas de agentes sanitários aos imóveis. Mas é preciso que todos, de forma individual e coletiva, façamos a nossa parte. Caso contrário, esta grave ameaça estará sempre no ar, na forma de um mosquito que mata.