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O amargo gosto da bala

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Opinião
Por Redação
26 de setembro de 2021 - 0h01
(Foto: Silvana Rust)

As maiores vítimas da pandemia da Covid-19 são certamente os menores. Com o desarranjo social provocado por ela, diminuiu o número de crianças estudando e aumentou o trabalho infantil.

Em cada semáforo, a certeza de um sinal de alerta, pois, nestas esquinas estão crianças anunciando algo para vender. São balas e outros doces que parecem ter um gosto amargo, diante da certeza de que alguma coisa está fora da ordem.

A rede de proteção social, neste caso específico, os Conselhos Tutelares, não dão conta de tanta demanda. Nesta mesma luta está o Ministério Público, que cobra da Prefeitura ações pontuais na tentativa de resolver parte dos problemas de menores em situação de rua.

E esse problema, digamos assim, de menores cresce a olho nu. Crianças quando não têm o que vender, estendem a mão à cata de esmola, e essa mão corre o risco de virar, em um outro momento, um tapa no rosto da sociedade.

Lugar de crianças e adolescentes é na escola e não nas esquinas, onde acabam aprendendo um outro tipo de lição. A bala que hoje é vendida, num futuro próximo, pode ser uma bala perdida, para ilustrar que essas crianças violentadas em seus direitos podem se tornar violentas.