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Colesterol acende sinal de alerta

Nutricionista ressalta quais são os cuidados para não desencadear outras doenças

Saúde
Por Redação
12 de julho de 2021 - 0h01
A nutricionista Vanessa Tugores fala sobre a importância do acompanhamento médico para manter a doença sob controle (Foto: Divulgação)

Por Milena Soares

O colesterol é um composto químico que faz parte da membrana das células do organismo. Parte dele é produzida pelo próprio corpo humano, enquanto a outra é adquirida através do consumo de alimentos. Apesar de não ter uma fama muito positiva, o colesterol é essencial ao corpo humano. E não pense que só quem ingere bacon, ovos e carnes gordurosas pode apresentar taxas altas ao ponto de desencadear outras doenças. Toda a população precisa se informar sobre o assunto e assim evitar complicações futuras.

A nutricionista Vanessa Tugores destaca que é importante fazer um acompanhamento com profissional adequado para saber como está o nível de colesterol.

“A ação dele é silenciosa, o paciente não vai sentir sintomas como em outras patologias. Nós conseguimos entender o quadro através de exames e vamos auxiliando no tratamento, se precisa ajustar alguma coisa, melhorar. Conseguimos obter melhora com alimentação regrada e acompanhamento de rotina. As pessoas têm uma mania de associar o colesterol elevado ao sobrepeso, mas atendo pacientes que são magros e têm o colesterol, às vezes, mais alto do que os obesos”, comenta.

Alimentação: fator importante
A especialista explica ainda que a hipercolesterolêmica só pode ser diagnosticada através de exames de sangue. Além disso, os hábitos de vida sedentária combinados a uma alimentação desregrada, o excesso de consumo de gorduras, em especial a saturada, provenientes de carnes gordurosas, ingestão exagerada de bebidas alcoólicas, obesidade e a falta de alimentos que fazem bem ao coração podem levar ao aumento do colesterol ruim no sangue e à queda do colesterol bom (HDL).

“No plano alimentar dos pacientes costumo não passar nada restritivo, eu descrevo tudo de acordo com o que o paciente gosta e não gosta, mas tem, por exemplo, casos de pessoas que não gostam de chá, mas para quem tem colesterol alto é bom ingerir chá verde. Nesses casos, eu explico que seria importante tomar o chá e deixo a critério do paciente. Outro exemplo é a aveia. Se o paciente não consegue comer a aveia nos alimentos, eu sugiro incluí-la na vitamina. Entendo que é um processo e converso bastante para tentar fazer um plano alimentar em que será possível seguir e conseguir alcançar o objetivo que, é diminuir o colesterol”, acrescenta.

Covid-19 e colesterol
Além dos cuidados básicos e das consultas diárias que servem para deixar a população em alerta em relação aos cuidados com a saúde, a pandemia do novo coronavírus também alterou esse padrão.

“Associam a Covid-19 à parte respiratória e inflamatória, mas tem questões ligadas à nossa parte de nutrição que é importante ficar atento. O colesterol alto tem sido detectado no pós-Covid-19 e tenho feito um trabalho muito bacana com os pacientes no consultório e observado uma melhora incrível. Falo sempre sobre prevenção. Precisamos nos prevenir. Um fato que acho interessante destacar é que quanto mais jovem é o paciente, mais chances de acontecer um infarto fulminante. Precisamos nos cuidar, praticar exercícios físicos e nos alimentarmos bem. Esses fatores ajudam a baixar o colesterol e sempre mantê-lo sempre bom. Pessoas com outras patologias associadas devem se cuidar e fazer consultas de rotina para evitar problemas futuros mais graves”, completa.