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Lava Jato completa seis anos e quebra tabus

Maior frente de combate à corrupção do Brasil prendeu "intocáveis" e está ajudando a construir uma Nação na qual o crime não é tolerado

Guilherme Belido Escreve
Por Guilherme Belido
15 de março de 2020 - 12h00

Completando seis anos dia 17 de março, a Operação Lava Jato de combate à corrupção e ao crime organizado no Brasil vem tentando demonstrar – por mais clichê que possa soar a definição –, que ninguém está acima da lei.

Sem que pudesse evitar os danos colaterais inerentes à árdua tarefa à qual está se dispondo, em alguns momentos trouxe preocupação de que houvesse prejuízo à ampla defesa e ao Estado Democrático de Direito. Noutros, foi polêmica e dividiu opiniões. Contudo, para a maioria esmagadora da sociedade, a operação vem prestando relevantes serviços ao País.
Diz-se ‘tentando’ porque vem de muito longe a relação promíscua entre o setor público e o privado, materializada por uma rede de organizações criminosas especializada em roubar o Brasil através das mais sofisticadas práticas fraudulentas.

Logo, não vai ser num piscar de olhos – em seis anos – que o nefasto modus operandi que com frequência vigorou no País sob o manto da impunidade será extinto. Evidente, não em todos os governos ou todos os períodos. Mas, quando pouco, em boa dose de uns e de outros.

 

Nova realidade e avanços inegáveis
Até meados da década passada ninguém imaginava, nem por devaneio, que notáveis da política, grandes empresários – em particular empreiteiros – e executivos de prestígio pudessem parar na cadeia. Afinal, estamos a falar de algo nunca visto na história do Brasil. Contudo, foram.

A Lava Jato prendeu, entre outras figuras de proa, um ex-presidente da República, ex-governadores, ministros e ex-ministros, um ex-presidente da Câmara dos Deputados e um ex-senador.

Colocou atrás das grades políticos influentes como José Dirceu e – algo impensável até que se visse com os próprios olhos – gigantes no sobrenome e no lastro econômico, como Marcelo Odebrechet e Otávio Marques de Azevedo, donos, respectivamente, da Construtora Odebrechet e da Andrade Gutierrez, junto com a cúpula que dirigia a Petrobras.

Números – Em 70 fases, a Lava Jato denunciou mais de 500 pessoas, realizou centenas de prisões, aplicou 52 sentenças, 253 condenações, cumpriu mais de mil mandados de busca e apreensão e vem recuperando bilhões de reais desviados dos cofres públicos.

Sofrendo pressões que por vezes implicam em diminuir a intensidade das operações, as investigações continuam e, possivelmente em menor escala, muita gente ainda deverá ser presa.
Num leque quase sem fim, a Lava Jato investiga crimes de corrupção ativa e passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, gestão fraudulenta e obstrução de justiça.

 

Entre o ideal e o possível
Com erros e excessos, o saldo da operação é altamente positivo. Não foi fácil partir do zero e enfrentar pressões de toda ordem para investigar o Petrolão – brutal assalto aos cofres da Petrobras – visto através da propina paga pelos empreiteiros a políticos e funcionários da estatal, resultado de superfaturamento nos contratos.

Foi necessário montar a maior frente de investigação da história do Brasil – a força-tarefa formada pela Polícia Federal, PGR, MPF e Receita – para desbaratar o gigantesco escândalo de corrupção engendrado contra a Petrobras, – que se revelou o maior esquema de propina já criado em desfavor do País.

]Entre o ideal e o possível, há considerável distância. Por outro lado, o muito que já foi feito credencia a Lava Jato a seguir em frente, corrigindo eventuais erros do passado e lutando por um Brasil melhor.

 

 

VIA EXPRESSA

Diferença contra
Já fartamente noticiado, em fevereiro a gasolina mais cara do Brasil foi a vendida no Estado do Rio, com preço médio de R$ 5,105.
Março poderá seguir a tendência, sendo que em Campos, na maioria dos postos, o combustível varia de R$ 4,85 a R$ 4,89.

Já no Espírito Santo – Vitória e municípios vizinhos – a gasolina pode ser encontrada por R$ R$ 4,39 – diferença que chega a R$ 0,50 centavos.
Ou seja, a cada 50 litros, R$ 25 reais a menos.

 

Facilidade
A imagem é de uma das ruas localizadas em área nobre da praia de Atafona, sugerindo que, daqui a poucos meses, sendo necessário trocar a lâmpada do poste, não vai precisar de escada. Basta escalar os galhos da ‘árvore’. Mas a peripécia é exclusiva para os magrinhos.

 

 

 

Contramão
O Flamengo prevê receita de R$ 1 bilhão em 2020 e o time está conquistando tudo. Mas a proposta do técnico Jorge Jesus de quase R$ 40 milhões líquidos/ano, cerca de R$ 3,3 mi por mês, é algo muito acima da realidade brasileira.

Bom lembrar que o maior salário entre os técnicos que atuam no Brasil é o do próprio Mister, de R$ 1,5 bilhão. Sampaoli, agora no Atlético-MG, vai receber cerca de R$ 1 milhão e Renato Portalupi, do Grêmio, é o terceiro, com R$ 900 mil.

Pagar 40 milhões por ano ao português é ir na contramão do que o rubro-negro fez nos últimos anos para acertar as contas e ter condições de formar um grande elenco.

 

Negligência
A foto não é de agora, mas do começo de fevereiro. De toda sorte, não muda nada o desleixo de um dos condomínios da rua Gilberto Siqueira, que por vários dias ‘deixou’ que duas pesadas folhas de coqueiro ficassem caídas e penduradas por sobre a calçada pública, o que poderia machucar um pedestre desatento, em particular pessoas de idade, ou crianças de bicicleta. A imagem diz tudo.

 

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