O economista Ranulfo Vidigal ministrará palestra com o tema “Recuperação Econômica de Campos dos Goytacazes”, na próxima segunda-feira (18). O evento, é promovido pela Ordem dos Advogados do Brasil em Campos (12ª Subseção) e acontece a partir das 18h30 na sede do órgão. A entrada é franca.
“Vamos discutir por onde começará e onde não haverá a retomada do nosso crescimento, e, assim, poderemos enfrentar a realidade que nos atinge de maneira mais consciente e planejada”, comentou o presidente da 12ª Subseção, Humberto Nobre.
Panorama econômico — Na análise de Ranulfo, um dos pontos negativos da atual conjuntura é a previsão de investimentos do poder público municipal, considerada aquém das expectativas. De acordo com a LDO, ainda em discussão, a Prefeitura pretende investir R$ 5 bilhões em 2019.
“Esse montante não dá sequer para pensar em retomar todas as obras que estão paradas na cidade. E essa questão é importante para a economia, pois a construção civil sempre foi um setor forte para geração de empregos. E quando falamos em gerar emprego, Campos está estagnada, o que é preocupante. ‘Desalentado’ é um termo usado pelo IBGE que define a situação do campista. Para o instituto, ‘desalentados’ são os que desistiram de procurar trabalho e, por isso, saíram do mercado”, pontuou Vidigal.
A capacidade da Prefeitura de formar uma poupança pública também é um indicador negativo atual, ainda na análise de Ranulfo. “Poupança pública é toda receita que sobra após quitar os custeios com a máquina e outros gastos públicos”, esclareceu.
O economista destacou como ponto positivo da economia local o montante da chamada Massa Salarial Ampliada (MSA). O termo técnico diz respeito ao valor somado dos salários de aposentados e ativos, que está disponível para circular, principalmente, nos setores de comércio e prestação de serviços. “Essa massa é de R$ 350 milhões mensais, um valor considerável”, ressaltou.